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Monday, October 15

163 anos atrás nascia um dos maiores genios pensadores





Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900) foi um influente filósofo alemão do século XIX.

Friedrich Nietzsche nasceu numa família luterana em 1844, sendo destinado a ser pastor como seu pai, que morre jovem em 1849 aos 36 anos, junto com seu avô. Entretanto, Nietzsche perde a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filologia afastam-no da tentação teológica: "Um outro sinal distintivo dos teólogos é a sua incapacidade filológica. Entendo aqui por filologia "(...) a arte de bem ler – de saber distinguir os factos, sem estar a falseá-los por interpretações, sem perder, no desejo de compreender, a precaução, a paciência e a finesse." (O Anticristo). Durante os seus estudos na universidade de Leipzig, a leitura de Schopenhauer (O Mundo como Vontade e Representação, 1818) vai constituir as premissas da sua vocação filosófica. Aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, Nietzsche é nomeado aos 25 anos professor de Filologia na universidade de Basiléia. Adota então a nacionalidade suíça. Desenvolve durante dez anos a sua acuidade filosófica no contacto com pensamento grego antigo - com predileção para os Pré-socráticos, em especial para Heráclito e Empédocles. Durante os seus anos de ensino, torna-se amigo de Jacob Burckhardt e Richard Wagner. Em 1870, compromete-se como voluntário (enfermeiro) na guerra franco-prussiana. A experiência da violência e o sofrimento chocam-no profundamente.
Nietzsche em agosto de 1868
Em 1879 seu estado de saúde obriga-o a deixar o posto de professor. Sua voz, inaudível, afasta os alunos. Começa então uma vida errante em busca de um clima favorável tanto para sua saúde como para seu pensamento (Veneza, Gênova, Turim, Nice, Sils-Maria...) : "Não somos como aqueles que chegam a formar pensamentos senão no meio dos livros - o nosso hábito é pensar ao ar livre, andando, saltando, escalando, dançando (...)." Em 1882, ele encontra Paul Rée e Lou Andreas-Salomé, a quem pede em casamento. Ela recusa, após ter-lhe feito esperar sentimentos recíprocos. No mesmo ano, começa a escrever o Assim Falou Zaratustra, quando de uma estada em Nice. Nietzsche não cessa de escrever com um ritmo crescente. Este período termina brutalmente em 3 de Janeiro de 1889 com uma "crise de loucura" que, durando até à sua morte, coloca-o sob a tutela da sua mãe e sua irmã. No início desta loucura, Nietzsche encarna alternativamente as figuras míticas de Dionísio e Cristo, expressa em bizarras cartas, afundando depois em um silêncio quase completo até a sua morte. Uma lenda dizia que contraiu sífilis. Estudos recentes se inclinam antes para um câncro (câncer) do cérebro, que eventualmente pode ter origem sifilítica. Sua irmã falsou seus escritos após a sua morte para apoiar uma causa anti-semita. Falácia, tendo em vista a repulsa de Nietzsche ao anti-semitismo em seus escritos. Entretanto, sua irmã morre confortavelmente sob a tutela nazista.

Durante toda sua vida sempre tentou explicar o insucesso de sua literatura, chegando a conclusão de que nascera póstumo, para os leitores do porvir. O sucesso de Nietzsche, entretanto, sobreveio quando um professor dinamarquês leu a sua obra Assim Falou Zaratustra e, por conseguinte, tratou de difundi-la, em 1888.

Muitos estudiosos da época tentaram localizar os momentos que Nietzsche escrevia sob crises nervosas ou sob efeito de drogas (Nietzsche estudou biologia e tentava descobrir sua própria maneira de minimizar os efeitos da sua doença).

Obra

Nietzsche ao lado de sua mãe.

Crítico da cultura ocidental e suas religiões e, conseqüentemente, da moral judaico-cristã. Associado equivocadamente, ainda hoje, por alguns ao niilismo e ao nazismo - uma visão que grandes leitores e estudiosos de Nietzsche, como Foucault, Deleuze ou Klossowski procuraram desfazer - juntamente com Marx e Freud - Nietzsche é um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna.

Nietzsche, sem dúvida considera o Cristianismo e o Budismo como "as duas religiões da decadência",embora ele afirme haver uma grande diferença nessas duas concepções.O budismo para Nietzsche "é cem vezes mais realista que o cristianismo"(O anticristo).Religiões que aspiram ao Nada, cujos valores dissolveram a mesquinhez histórica. Não obstante, também se auto-intitula ateu:

"Para mim o ateísmo não é nem uma conseqüência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto" (Ecce Homo, pt.II, af.1)

A crítica que Nietzsche faz do idealismo metafísico focaliza as categorias do idealismo e os valores morais que o condicionam, propondo uma nova abordagem: a genealogia dos valores.

Nietzsche quis ser o grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos. E assim a moral tradicional, e principalmente esboçada por Kant, a religião e a política não são para ele nada mais que máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar. A moral, seja ela kantiana ou hegeliana, e até a catharsis aristotélica são caminhos mais fáceis de serem trilhados para se subtrair à plena visão autêntica da vida.

Nietzsche golpeou violentamente essa moral que impede a revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pelo influxo dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo uma forma de obediência. Essa traição ao “mundo da vida” é a moral que reduz a uma ilusão a realidade humana e tende asceticamente a uma fictícia racionalidade pura.

Com efeito, Nietzsche procurou arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras. Mas a questão é: que máscaras são essas? Responde, então, que as máscaras se tornam inevitáveis pela própria vida, que é explosão de forças desordenadas e violentas, e por isso, é sempre incerteza e perigo.

A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais. Neste sentido a vida é vontade de poder ou de domínio. Vontade essa que não conhece pausas, e por isso está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la.

Não existe via média, segundo Nietzsche, entre aceitação da vida e renúncia. Para salvá-la, é mister arrancar-lhe as máscaras e reconhecê-la tal como é: não para sofrê-la ou aceitá-la com resignação, mas para restituir-lhe o seu ritmo exaltante, o seu melismático júbilo.

O homem é um filho do “húmus” e é, portanto, corpo e vontade não somente de sobreviver, mas de vencer. Suas verdadeiras “virtudes” são: o orgulho, a alegria, a saúde, o amor sexual, a inimizade, a veneração, os bons hábitos, a vontade inabalável, a disciplina da intelectualidade superior, a vontade de poder. Mas essas virtudes são apanágios de somente uns poucos, e é para esses poucos que a vida é feita. De fato, Nietzsche é contrário a qualquer tipo de igualitarismo e principalmente ao disfarçado legalismo kantiano, que atenta o bom senso através de uma lei inflexível, ou seja, o imperativo categórico: “Proceda em todas as suas ações de modo que a norma de seu proceder possa tornar-se uma lei universal”.

Essas críticas se deveram à hostilidade de Nietzsche em face do racionalismo que logo refutou como pura irracionalidade. Para ele, Kant nada mais é do que um fanático da moral, uma tarântula catastrófica.

Para Nietzsche o homem é individualidade irredutível, à qual os limites e imposições de uma razão que tolhe a vida permanecem estranhos a ela mesma, à semelhança de máscaras de que pode e deve libertar-se. Em Nietzsche, diferentemente de Kant, o mundo não tem ordem, estrutura, forma e inteligência. Nele as coisas “dançam nos pés do acaso” e somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo em beleza e fazer aceitável tudo aquilo que há de problemático e terrível na vida.

Mesmo assim, apesar de todas as diferenças e oposições, deve-se reconhecer uma matriz comum entre Kant e Nietzsche, como que um substrato tácito mas atuante. Essa matriz comum é a alma do romantismo do século XIX com sua ânsia de infinito, com sua revolta contra os limites e condicionamentos do homem. À semelhança de Platão, Nietzsche queria que o governo da humanidade fosse confiado aos filósofos, mas não a filósofos como Platão ou Kant, que ele considerava simples “operários da filosofia”.

Na obra nietzscheana, a proclamação de uma nova moral contrapõe-se radicalmente ao anúncio utópico de uma nova humanidade, livre pelo imperativo categórico, como esperançosamente acreditava Kant. Para Nietzsche a liberdade não é mais que a aceitação consciente de um destino necessitante. O homem libertado de qualquer vínculo, senhor de si mesmo e dos outros, o homem desprezador de qualquer verdade estabelecida ou por estabelecer e apto a se exprimir a vida, em todos os seus atos - era este não apenas o ideal apontado por Nietzsche para o futuro, mas a realidade que ele mesmo tentava personificar.

Aqui, necessário se faz perceber que, involuntariamente, Nietzsche cria e cai em seu próprio Imperativo Categórico, por certo, imperativo este baseado na completa liberdade do ser e ausência de normas.

Para Kant a razão que se movimenta no seu âmbito, nos seus limites, faz o homem compreender-se a si mesmo e o dispõe para a libertação. Mas, segundo Nietzsche, trata-se de uma libertação escravizada pela razão, que só faz apertar-lhe os grilhões, enclaustrando a vida humana digna e livre.

Em Nietzsche encontra-se uma filosofia antiteorética, sistemática, à procura de um novo filosofar de caráter libertário, superando as formas limitadoras da tradição que só galgou uma “liberdade humana” baseada no ressentimento e na culpa. Portanto toda a teleologia de Kant de nada serve a Nietzsche: a idéia do sujeito racional, condicionado e limitado é rejeitada violentamente em favor de uma visão filosófica muito mais complexa do homem e da moral.

Nietzsche acreditava que a base racional da moral era uma ilusão e por isso, descartou a noção de homem racional, impregnada pela utópica promessa - mais uma máscara que a razão não-autêntica impôs à vida humana. O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante.

Nietzsche era um crítico das "idéias modernas", da vida e da cultura moderna, do neo-nacionalismo alemão. Para ele os ideais modernos como democracia, socialismo, igualitarismo, emancipação feminina não eram senão expressões da decadência do “tipo homem”. Por estas razões, é por vezes apontado como um precursor da pós-modernidade.

A figura de Nietzsche foi particularmente promovida na Alemanha Nazi, tendo sua irmã, simpatizante do regime hitleriano, fomentado esta associação. Em A minha luta, Hitler descreve-se como a encarnação do super-homem (Übermensch). A propaganda nazi colocava os soldados alemães na posição desse super-homem e, segundo Peter Scholl-Latour, o livro "Assim Falou Zaratustra" era dado a ler aos soldados na frente de batalha, para motivar o exército. Isto também já acontecera na Primeira Guerra Mundial. Como dizia Heidegger, ele próprio nietzscheano e nazista, “na Alemanha se era contra ou a favor de Nietzsche”.

Todavia, Nietzsche era explicitamente contra o movimento anti-semita, posteriormente promovido por Adolph Hitler e seus partidários. A este respeito pode-se ler a posição do filósofo:

“Antes direi no ouvido dos psicólogos, supondo que desejem algum dia estudar de perto o ressentimento: hoje esta planta floresce do modo mais esplêndido entre os anarquistas e anti-semitas, aliás onde sempre floresceu, na sombra, como a violeta, embora com outro cheiro.” (in Genealogia da Moral)

“... tampouco me agradam esses novos especuladores em idealismo, os anti-semitas, que hoje reviram os olhos de modo cristão-ariano-homem-de-bem, e, através do abuso exasperante do mais barato meio de agitação, a afetação moral, buscam incitar o gado de chifres que há no povo...” (in Genealogia da Moral)

Sem dúvida, a obra de Nietzsche sobreviveu muito além da apropriação feita pelo regime nazista. Ainda hoje é um dos filósofos mais estudados e fecundos. Por vários momentos, inclusive, Nietzsche tentou juntar seus amigos e pensadores para que um fosse professor do outro, uma espécie de confraria. Contudo, esta idéia fracassou, e Nietzsche continuou sozinho seus estudos e desenvolvimento de idéias, ajudado apenas por poucos amigos que liam em voz alta seus textos que, nos momentos de crise profunda, ele não conseguia ler.

Suas idéias

Seu estilo é aforismático, escrito em trechos concisos, muitas vezes de uma só página, e dos quais são pinçadas máximas. Muitas de suas frases se tornaram famosas, sendo repetidas nos mais diversos contextos, gerando muitas distorções e confusões. Algumas delas:

1. "Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!".
2. "Há homens que já nascem póstumos."
3. "O Evangelho morreu na cruz."
4. "A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada."
5. "Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida mas no “além” - no nada -, tira-se da vida o seu centro de gravidade."
6. "Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária."
7. "O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo."
8. "A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade."
9. "As convicções são cárceres."
10. "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras."
11. "Até os mais corajosos raramente têm a coragem para aquilo que realmente sabem."
12. "Aquilo que não me destrói fortalece-me"
13. "Sem música, a vida seria um erro."
14. "A moralidade é o instinto do rebanho no indivíduo."
15. "O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno."
16. "Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder."
17. "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos."
18. "Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar."
19. "Se minhas loucuras tivessem explicaçoes, não seriam loucuras."
20. "O Homem evolui dos macacos? é existem macacos!

Longe de ser um escritor de simples aforismas, ele é considerado pelos seus seguidores um grande estilista da língua alemã, como o provaria Assim Falou Zaratustra, livro que ainda hoje é de dificílima compreensão estilística e conceitual. Muito pode ser compreendido na obra de Nietzsche como exercício de pesquisa filológica, no qual unem-se palavras que não poderiam estar próximas ("Nascer póstumo"; "Deus Morreu", "delicadamente mal-educado", etc...).

Adorava a França e a Itália, porque acreditava que eram terras de homens com espíritos-livres. Admirava Voltaire, e considerava como último grande alemão Goethe, humanista como Voltaire. Naqueles países passou boa parte de sua vida e ali produziu seus mais memoráveis livros. Detestava a arrogância e o anti-semitismo prussianos, chegando a romper com a irmã e com Richard Wagner, por ver neles a personificação do que combatia - o rigor germânico, o anti-semitismo, o imperativo categórico, o espírito aprisionado, antípoda de seu espírito-livre. Anteviu o seu país em caminhos perigosos, o que de fato se confirmou catorze anos após sua morte, com a primeira grande guerra e a gestação do Nazismo.

Obras de Friedrich Nietzsche, na ordem em que foram compostas:

* O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik, 1872); reeditado em 1886 com o título "O Nascimento da Tragédia, ou helenismo e pessimismo" (Die Geburt der Tragödie, Oder: Griechentum und Pessimismus) e com um prefácio autocrítico. — Contra a concepção dos séculos XVIII e XIX, que tomavam a cultura grega como epítome da simplicidade, da calma e da serena racionalidade, Nietzsche, então influenciado pelo romantismo, interpreta a cultura clássica grega como um embate de impulsos contrários: o dionisíaco, ligado à exarcebação dos sentidos, à embriaguez extática e mística e à supremacia amoral dos instintos, cuja figura é Dionísio, deus do vinho, da dança e da música, e o apolíneo, face ligada à perfeição, à medida das formas e das ações, à palavra e ao pensamento humanos (logos), representada pelo deus Apolo. Segundo Nietzsche, a vitalidade da cultura e do homem grego, atestadas pelo surgimento da tragédia, deveu-se ao desenvolvimento de ambas as forças, e o adoecimento da mesma sobreveio ao advento do homem racional, cuja marca é a figura de Sócrates, que pôs fim à afirmação do homem trágico e desencaminhou a cultura ocidental, que acabou vítima do cristianismo durante séculos.

* A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos (Philosophie im tragischen Zeitalter der Griechen - provavelmente os textos que o compõem remontam a 1873 - publicado postumamente). Trata-se de um livro deixado incompleto, mas que se sabe ter sido intenção de Nietzsche publicar. Trata-se, no fundo, de um escrito ainda filológico mas já de matriz filosófica disfarçada por uma pretensa intenção histórica. Considera os casos gregos de Tales, Anaximandro, Heráclito, Parménides e Anaxágoras sob uma perspectiva inovadora e interpretativa, relevadora da filosofia que é de Nietzsche.

* ensaio Sobre a verdade e a mentira em sentido extramoral (Über Wahrheit und Lüge im außermoralischen Sinn, 1873 - publicado postumamente). — No qual afirma que aquilo que consideramos verdade é mera “armadura de metáforas, metonímias e antropomorfismos”. Apesar de póstumo é considerado por estudiosos como elemento-chave de seu pensamento.

* Considerações Extemporâneas ou Considerações Intempestivas (Unzeitgemässe Betrachtungen, 1873 a 1876). — Série de quatro artigos (dos treze planejados) que criticam a cultura européia e alemã da época de um ponto de vista anti-moderno, e anti-histórico, de crítica à modernidade.
o David Strauss, o confessor e o escritor (David Strauss, der Bekenner und der Schriftsteller, 1873) no qual, ao atacar a idéia proposta por David Strauss de uma "nova fé" baseada no desvendamento científico do mundo, afirma que o princípio da vida é mais importante que o do conhecimento, que a busca de conhecimento (posteriormente discutida no conceito de vontade de verdade) deve servir aos interesses da vida;
o Dos usos e desvantagens da história para a vida (Vom Nutzen und Nachteil der Historie für das Leben, 1874);
o Schopenhauer como educador (Schopenhauer als Erzieher, 1874);
o Richard Wagner em Bayreuth (Richard Wagner in Bayreuth, 1876).

* Humano, Demasiado Humano, um livro para espíritos livres (Menschliches, Allzumenschliches, Ein Buch für freie Geister, verão final publicada em 1886); primeira parte originalmente publicada em 1878, complementada com Opiniões e Máximas (Vermischte Meinungen und Sprüche, 1879) e com O andarilho e sua sombra ou O viajante e sua sombra (Der Wanderer und sein Schatten, 1880). — Primeiro de estilo aforismático do autor.

* Aurora, reflexões sobre preconceitos morais (Morgenröte. Gedanken über die moralischen Vorurteile, 1881). — A compreensão hedonística das razões da ação humana e da moral são aqui substituídas, pela primeira vez, pela idéia de poder, sensação de poder, início das reflexões sobre a vontade de poder, que só seriam explicitadas em Assim Falou Zaratustra.

* A Gaia Ciência — ou Alegre Sabedoria, ou Ciência Gaiata — (Die fröhliche Wissenschaft, 1882). — No terceiro capítulo deste livro é lançada o famoso diagnóstico nietzschiano: “Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos”, proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios (§125). No penúltimo parágrafo surge a idéia de eterno retorno. E no último, aparece Zaratustra, o criador da moral corporificada do Bem e do Mal que, como personagem na obra posterior, finalmente superará sua própria criação e anunciará o advento de um novo homem, um além-do-homem.

* Assim Falou Zaratustra, um livro para todos e para ninguém (Also Sprach Zarathustra, Ein Buch für Alle und Keinen, 1883-85).

* Além do Bem e do Mal, prelúdio a uma filosofia do futuro (Jenseits von Gut und Böse. Vorspiel einer Philosophie der Zukunft, 1886). Neste livro denso são expostos os conceitos de vontade de poder, a natureza da realidade considerada de dentro dela mesma, sem apelar a ilusórias instâncias transcendentes, perspectivismo e outras noções importantes do pensador. Critica demolidoramente as filosofias metafísicas em todas as suas formas, e fala da criação de valores como prerrogativa nobre que deve ser posta em prática por uma nova espécie de filósofos.

* Genealogia da Moral, uma polêmica (Zur Genealogie der Moral, Eine Streitschrift, 1887). Complementar ao anterior — como que sua parte prática, aplicada — este livro desvenda o surgimento e o real significado de nossos corriqueiros juízos de valor.

* O Crepúsculo dos Ídolos, ou Como filosofar com o martelo (Götzen-Dämmerung, oder Wie man mit dem Hammer philosophiert, agosto-setembro 1888). Obra onde dilacera as crenças, os ídolos (ideais ou autores do cânone filosófico), e analisa toda a gênese da culpa no ser humano.

* O Caso Wagner, um problema para músicos (Der Fall Wagner, Ein Musikanten-Problem, maio-agosto 1888).

* O Anticristo(Der Antichrist. Fluch auf das Christentum, setembro 1888). — Contra o Cristianismo ou o Anti-cristão seriam traduções possíveis para esta obra. Apesar de apontar Cristo, mesmo em sua concepção “própria”, como sintoma de uma decadência análoga à que possibilitou o surgimento do Budismo, nesta obra Nietzsche dirige suas críticas mais agudas a Paulo de Tarso, o codificador do cristianismo e fundador da Igreja. Acusa-o de deturpar o ensinamento de seu mestre — pregador da salvação no agora deste mundo, realizada nele mesmo e não em promessas de um Além — forjando o mundo de Deus como a cima e além deste mundo. "O único cristão morreu na cruz", como diz no livro que seria o início de uma obra maior a que deu sucessivamente os títulos de Vontade de Poder e Transmutação de Todos os Valores: uma grande composição sinótica da qual restam apenas meras peças (O Anticristo, O Crepúsculo dos Ídolos e o Nietzsche contra Wagner) não menos brilhantes que a restante obra.

* Ecce Homo, como se tornar aquilo que é (Ecce Homo, Wie man wird, was man ist, outubro-novembro 1888). — Uma autobi(bli)ografia, onde Nietzsche, ciente de sua importância e acometido por delírios de grandeza, acha necessário, antes de expor ao mundo a sua obra definitiva (jamais concluída), dizer quem ele é, por que escreve o que escreve e por que “é um destino”. Comenta as suas obras então publicadas. Oferece uma consideração sobre o significado de Zaratustra. E por fim, dizendo saber o que o espera, anuncia o apocalipse: “Conheço minha sina. Um dia, meu nome será ligado à lembrança de algo tremendo — de uma crise como jamais houve sobre a Terra, da mais profunda colisão de consciências, de uma decisão conjurada contra tudo o que até então foi acreditado, santificado, requerido. (…) Tenho um medo pavoroso de que um dia me declarem santo: perceberão que publico este livro antes, ele deve evitar que se cometam abusos comigo. (…) Pois quando a verdade sair em luta contra a mentira de milênios, teremos comoções, um espasmo de terremoto, um deslocamento de montes e vales como jamais foi sonhado. A noção de política estará então completamente dissolvida em uma guerra de espíritos, todas as formações de poder da velha sociedade terão explodido pelos ares — todas se baseiam inteiramente na mentira: haverá guerras como ainda não houve sobre a Terra.”

* Nietzsche contra Wagner (Nietzsche contra Wagner, Aktenstücke eines Psychologen, dezembro 1888).


AÍ TEN DOIS LINKS PARA QUEM GOSTA OU ESTUDA NIETZSCHE

# Nietzsche ((en))
#
HyperNietzsche, que reúne fontes primárias (inclusive fac-símiles dos cadernos de notas de Nietzsche), estudos acadêmicos, e dados de organização e referência da obra nietzschiana.

Sei que alguns de vocês acharão este poster muito longo ,mas não tem como falar de "Nietzsche com 10 paragráfo


Postade ?by Young Vampire Luke

LESTAT NEWS

Thursday, April 26

Vaticano sai do armário e abraça Wilde, diz jornal

Oscar Wilde, um dos poetas mais controversos, polêmicos e consagrados da história da literatura ocidental, recebeu uma rara homenagem do Vaticano, com o lançamento de uma antologia de frases organizada por um colaborador próximo do papa Bento 16.












Vários jornais britânicos desta quinta-feira trouxeram diversas matérias sobre a inclusão de frases do escritor irlandês Oscar Wilde na compilação Provocações: Aforismas para um Cristianismo Inconformado, organizada pelo padre Leonardo Sapienza, chefe do protocolo do Vaticano.
O livro, que foi publicado por uma editora italiana, contém mil frases que têm um caráter moral e são divididas por ordem alfabética
“Vaticano sai do armário e abraça Oscar Wilde”, foi o título da matéria de página inteira do austero The Times, enquanto o The Independent dedicou uma matéria de duas páginas sob o título: “O Vaticano enlouquece” (um trocadilho em inglês que usa o sobrenome do autor: “The Vatican Goes Wilde”).
Também na Itália o lançamento do livro causou espanto. “Que Surpresa!”, diz o texto do diário romano La Repubblica. “Um ícone homossexual foi aceito pelo Vaticano”. Segundo o The Times, o analista do Vaticano, Orazio La Rocca, classificou o livro como uma “bomba”.
“Grande escritor”
Sapienza afirmou ao The Times que incluiu Wilde, cuja relação homossexual com o filho de um nobre inglês desgraçou sua vida e carreira, porque “ele foi um escritor que viveu perigosamente e às vezes, escandalosamente, mas nos deixou muitas máximas afiadas”.
Sapienza disse que Wilde foi um grande escritor e que ele não é lembrado pela sua promiscuidade, mas sim por obras como A Importância de Ser Honesto e O Retrato de Dorian Gray.
Ele propõe que o cristianismo provoque o “despertar” de certos ambientes católicos porque, como se lê no prefácio, citando o filósofo dinamarquês Kierkegaard, “o cristianismo deveria ser uma cura radical, mas ao invés disso, se transformou em um remédio comum, desses que se usam contra resfriado”.
“Devemos ser um espinho na carne da sociedade e mover a consciência das pessoas para atacar aquele que é hoje o inimigo número um da religião a indiferença”, disse Sapienza.
Talento e controvérsia
Oscar Wilde teve uma relação controversa com o catolicismo durante toda a sua vida. Nascido em uma família protestante e filho de um pai agnóstico, mas na maciçamente católica Irlanda, Wilde teria sido batizado a pedido de sua mãe sem que seu pai soubesse.
Durante sua vida, embora tenha se convertido ao catolicismo somente em seu leito de morte, em 1900, sempre teve uma relação de admiração com a Igreja e recebeu a bênção do papa em uma de suas viagens à Roma. Perguntado sobre sua situação espiritual, disse que não era católico, mas “um papista violento”.
Wilde foi um personagem polêmico e irrequieto em toda a sua vida, que teve uma intensa produção literária, onde se encontram peças teatrais e livros que são hoje considerados clássicos, sempre permeados por um humor ácido, mordaz e inteligente.
No entanto, seu modo de vida desafiador e seus diversos casos homossexuais na rigorosa Londres vitoriana acabaram por condená-lo à cadeia depois de um processo judicial onde o escritor enfrentou o Marquês de Queensberry, pai de seu amante, o jovem Lorde Alfred Douglas.
A perseguição sofrida por Wilde e a sua postura diante da repressão que ele sofreu por sua sexualidade o transformaram em um ícone no século 20, freqüentemente ligado ao movimento gay e como inspiração de artistas.
Entre os incontáveis exemplos da sua inteligência e de sua verve irônica, estão frases como “Aqueles que não sabem a diferença entre corpo e alma não têm nenhum”, ou “O que é um cínico? Um homem que sabe o preço de tudo e não sabe o valor de nada”.


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Para voês entenderem melhor, este escritor genial!!!!








Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde (Dublin, 16 de outubro de 1854 — Paris, 30 de novembro de 1900) foi um escritor irlandês.





Biografia



Criado numa família
protestante, estudou na Portora Royal School de Enniskillem e no Trinity College de Dublin, onde sobressaiu como latinista e helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o Magdalene College de Oxford. O.W. saiu de Oxford em 1878. Um pouco antes havia ganhado o prêmio Newdigate com o poema "Ravena". Passou a morar em Londres e começou a ter uma vida social bastante agitada sendo logo caracterizado por suas atitudes extravagantes. Foi convidado para ir aos Estados Unidos a fim de dar uma série de palestras sobre o movimento estético por ele fundado. Foi o ano de 1882 e descreveu seu movimento procurando dar a ele fundamentos históricos, além de falar sobre a importância do belo como antídoto para os horrores da sociedade industrial.
Em
1883 vai para Paris e entra para o mundo literário local, levando-o a desistir de seu movimento estético. Volta para a Inglaterra e casa-se com Constance Llyd, filha de um advogado de Dublin, indo morar em Chelsea, um bairro de artistas londrinos. Com Constance teve dois filhos, Cyril, em 1885 e Vyvyan, em 1886. O melhor período intelectual de Oscar Wilde é o que vai de 1887 a 1895.

O Sucesso


Em 1892 começa uma série de bem sucedidas comédias, ainda hoje consideradas na dramaturgia britânica: O Leque de Lady Windernere (1892), Uma mulher sem importância (1893), Um marido ideal e A importância de ser sério (ambas de 1895).
Publica contos como
O Príncipe Feliz, O rouxinol e a rosa que escrevera para os seus filhos e O crime de Lord Artur Saville. O seu único romance foi O retrato de Dorian Gray.

Os Julgamentos e Prisão



Em
Maio de 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes". Wilde escreveu uma denúncia contra um jovem chamado Bosie, publicada no livro De profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie era o apelido de um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse amante. Foi o pai de Bosie que levou Oscar Wilde ao tribunal.
No final do
século XIX, no auge de sua fama, Oscar Wilde foi acusado de obscenidade e sodomia, levado a julgamento e condenado. No terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta a seu amante, Lorde Alfred Douglas.
A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza para conseguir sobreviver nas condições terríveis da prisão. Apesar das críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor dentro de si como estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a
arte estão presentes, tanto na obra de Wilde.
Condenado, sua vida mudou radicalmente e o talentoso
escritor viu-se encarcerado por dois anos que consumiram sua saúde e fulminaram sua reputação. Preso, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros escritos, este De profundis, o clássico anarquista, A alma do homem sob o socialismo e a célebre Balada do cárcere de Reading.

Os últimos anos


Foi libertado em 19 de maio de 1897. Poucos amigos o esperavam na saída, entre eles o maior, Robert Ross. Passou a morar em Paris e usa o pseudônimo de Sebastian Melmoth. Suas roupas, agora, são baratas, mora em um lugar humilde, de apenas dois quartos e acaba se tornando preguiçoso para escrever.
Em seus contos infantis sempre tratou da criança que vive em cada um de nós, com lições de moral na sua mais bela e pura forma com linguagem simples.
O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor.
Oscar Wilde morreu de um violento ataque de
meningite (agravado pelo álcool e pela sífilis) às 9h50min do dia 30 de novembro de 1900.


Frases de Wilde:

“Devemos ser modestos e lembrar-nos de que os outros são inferiores a nós.”


“Posso resistir a tudo, menos às tentações.”

“Não sou jovem o suficiente para saber tudo.”

“A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida..”

“Um pouco de sinceridade é uma coisa perigosa, e muita é absolutamente fatal”

“Um homem pode ser feliz com uma mulher enquanto ele não a ama”

“Os E.U.A é o único país que foi do barbarismo para a decadência sem uma civilização entre eles”

“Ilusão é a primeira de todos os prazeres”

“Moralidade, como arte, significa desenhar uma linha em determinado lugar”

“A maioria das pessoas são outras pessoas. Os seus pensamentos são opiniões de outros, as suas vidas uma mímica e suas paixões um pensamento ”

“Existe dois tipos de pessoas que são absolutamente facinantes: as que sabem de absolutamente tudo, e as que não sabem absolutamente nada”

“Toda vez que alguém concorda comigo eu sinto que eu devo estar errado”

“É um absurdo dividir as pessoas entre boas e más, as pessoas são ou interessantes ou entediantes”

“O que é um cínico ? Um homem que sabe o preço de tudo, e o valor de nada”

“Apenas os superficiais se conhecem”

“Eu gosto de pessoas muito mais que princípios, e eu gosto de pessoas sem princípios mais do que qualquer coisa na vida”

“Para voltar a ser jovem eu faria qualquer coisa no mundo, exceto é claro fazer exercícios, acordar cedo ou ser respeitável”

“Sou contra os noivados muito prolongados. Dão tempo às pessoas se conhecerem melhor, o que não me parece aconselhável antes do casamento”.

“O mundo pode ser um palco, mas o elenco é um horror.”

“Os bons terminam felizes; os maus, infelizes. Isso é o que se chama ficção.”

“Experiência é o nome que nós damos aos nossos próprios erros.”

“Para ser popular é necessário ser uma mediocridade.”

“Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza.”

“Uma coisa não é necessariamente verdadeira só porque um homem dá a vida por ela.”

“A diferença entre o capricho e o amor eterno é que o capricho dura mais.”

“Desconfiem de mulher que confessa a sua verdadeira idade. Uma mulher que a diz, poderá dizer qualquer coisa.”

“Certas criaturas têm a mania de dar bons conselhos precisando tanto deles para si… É o que chamo de cúmulo da generosidade.”

“A verdade jamais é pura e raramente é simples.”

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas simplesmente existem.”

“Não há pecado, exceto a estupidez.”

“Viva depressa, morra jovem e seja um cadáver atraente.”

“Dê uma máscara ao homem e ele dirá a verdade.”

“Um homem deve dar toda importância a escolha de seus inimigos: eu não tenho um só que não seja idiota”.

“O maior castigo que o destino aplica ao homem casado é ver que sua mulher sempre acaba por se parecer com sua sogra.”

“Os homens casam porque estão cansados. As mulheres, por curiosidade. Ambos se decepcionam.”

“Quando uma mulher se casa pela segunda vez, é sinal de que detestava o primeiro marido. O homem, ao contrário só torna a casar se adorou sua primeira mulher.”

“É justamente porque a humanidade não sabia por onde ia que conseguiu encontrar o seu caminho.”

Meus livros preferidos deste escritor é:
De profundis, e Balada do cárcere de Reading.

post :By Young Vampire Luke


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