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Saturday, November 24

Para-raio de maluco II






Eu tenho um amigo aqui da universidade.
Ele é o que normalmente chamamos de uma figura surreal.
Ele é francês. Morou um período no Brazil, por seu pai ser diplomata e ter trabalhado lá por três anos consecutivos.
E uma boa parte deste período foi no Rio de Janeiro.
Este tempo no Rio de Janeiro o afetou totalmente, o deixando com uma identidade brazileira.
Sempre conversava com ele sobre assuntos referente as nossas disciplinas do curso, nunca sobre assuntos pessoais.
Até que o Meedu meu vizinho e amigo, pergunta-me em sua frente, se eu iria ao fim do ano para o Rio de Janeiro.
Eu falei que sim, e ele falou vou com vocês.
Não vou para casa.
As coisas não estão muito estáveis em karachi...
Vou ficar com vocês
O Marcel arregalou o olho e falo.
Orrr!!!
Vocês são do Brazil, também é Brazileiro.
Já havia alguma coisa errada porque eu sou italiano e o Meedu é Pakistanês.
Ele mostrando uma empolgação sem um motivo aparente e começou a falar.

Eu olhei para ele e me surpreendi, mesmo porque não conheço ninguém que aparente ser mais francês do que ele.
Ele começou a falar impolgadissimo.
Eu adoro samba.Carnaval,
Desfilo sempre na Mangueira, e em outra óperas de rua.
Mas chamar escola de samba de ópera foi forte de mais para um Brasileiro.
Eu fiquei meio perdido com tanto entusiasmo de um brazileiro pelo próprio Brazil.
Deveria ser um patriota nato. Vai saber...
Ele começar a falar maravilhas do Brasil..
Que adorava feijoada, que tinha comido uma inesquecível na Mangueira e bebeu 2 litros De caipirinha com cachaça de cana-de-açúcar.
E terminou sendo levado para um hospital em coma.
Ele falava isso com uma alegria de quem tinha feito uma grande façanha...
Eu conheço bem o Rio de Janeiro, Mas nunca tive coragem de me aproximar dos locais perigosos que o Marcel citou.

Eu sou meio esquisito com estanhos, principalmente os espaçosos.
Ele me convidou para ir até a casa dele para conhecer sua nova esposa uma brazileira maravilhosa...
Que estava fazendo mestrado lá na universidade.
Eu respondi tudo bem, depois marcamos isso com calma, porque tenho vários compromissos.
Ele falou está combinado. Esta semana só você dizer o dia.
Concordei por concordar, e fomos para nossa sala, para nossa próxima aula.
Quando novamente ouço aquela voz gritando.
Era ela mesma...
(A gorda)
A minha amiga de infância gordinha.
Meus Deuses: Pensei, agora ela não me pega estou indo para sala assistir aula.
Ela grita de cima da escada,
Vou esperar tua aula acabar depois a gente se fala...
E continuou seu caminho
O meu amigo Meedu já estava me esperando, entramos como sempre sentamos próximos, para trocamos alguma informação ou mesmo zoar alguém...
Só que desta vez, nosso novo amigo pegajoso e espaçoso, sentou-se junto a nós.
Provocando um olhar de desaprovação meu e do Meedu.
Quando a aula estava terminando, olhei para a porta e lá estava ela.
Com um sorriso proporcional ao seu tamanho.
Eu pensei esta sala tem que ter uma saída sem ser aquela.
Procurei uma porta, só havia uma que é de guardar utensílios usado em sala.
Na realidade é um cubículo de um metro e meio quadrado.
Já estava me imaginando, ficar ali dentro até ela cansar de me esperar e ir embora.
Quando começou a aglomeração na porta ela já estava dentro da minha sala vindo na minha direção fugir seria impossível
Ela nem me deu atenção foi direto no Marcel.
Quase me ignorando.
Fique meio decepcionado, quando o Marcel, me apresenta sua nova esposa.
Fiquei com cara de paisagem na hora...
O sambista e a gorda esfomeada eram um casal...
Putz! Eu não estava acreditando naquilo.
O meu amigo tentado me ajudar falou, Lukkas, , já estamos atrasados vamos embora.

Ela olha para o Marcel e diz, esse é meu amigo de infância gay que te falei.
Eu era apaixonada por ele...
Dá uma risadinha e olha para cara do Meedu com um ar de cumplicidade.
Este é seu namorado?
Para vocês terem uma idéia da minha situação:
O Meedu é muçulmano hetero e homofóbico.
Ele ficou irado e começou a mandar os dois para...
(vocês devem imaginar, porque eu também só imagino não sei falar a língua dele).
Vi que naquele momento, eu tinha que ser diplomático.
Tentar resolver a bagunça criada por mim.
Alterei a voz e falei gente eu não sou gay, meu amigo não é gay, somos apenas amigos.
Só falei que era gay porque você estava me paquerando deu para vê entender agora:
Ela fez uma cara de quem entendeu e diz, Lukkas a vida é sua, você não deve satisfações a ninguém.

Seja feliz com ele ou qualquer outro cara, não precisa sentir vergonha.

Conheço-te desde criança e te adoro .Você. acha que vou mudar, só porque você é gay?

Eu nervoso e praticamente gritando.Eu não sou gay......
Quando olho da direção da porta tinha um certo número de pessoas prestando atenção na nossa conversa.
Neste exato momento queria morrer.

Mas lembrei que ninguém ali graças aos deuses não entendia português, para minha sorte.
Sai dali o mais rápdo possível e acabamos todos indo para minha casa.
Chegando lá terminaram ficando para jantar e rindo de toda a situação constrangedora que nos metemos.
Ela quando não esta apaixonada por mim é uma pessoa bem legal de se conversar. Apesar de ser um pouco sem noção, mas da para conversar com ela.
Quando eles estavam no carro indo embora ela confidencia no meu ouvido.
Lukkas você tem bom gosto, o homem bomba é uma gracinha.
Fiquei muito P. da vida e deixei ela ir embora me achando um Super-gay...
Afinal ela é louca e esta casada com outro louco.
E o casal lamentou não poder ir passar o réveillon em Búzios com a gente.
Porque ela tinha que ir para Lion conhecer a família do marido.
Tinha quase duas semanas que se conheciam e estavam juntos a uma semana.
Deixa-me esclarecer uma coisa para vocês, em momento algum eu os convidei para irem para Búzios.
O Meedu apareceu, e falou se ela for para o Brazil, eu não vou...
Calma, eles não poderão ir... Já tem outro compromisso.
Você convidou esses malucos?
Eu apenas respondi... Não eles se convidaram e declinaram do convite.
Meedu agora também conhecido por homem bomba, voltou para seu apartamento e eu voltei para dentro de casa pensando, tenho mais dois anos de graduação na universidade.
Só me formarei em 2009.
Ela tem mais dois anos de mestrado, acho que não vou sobreviver a este convivio.
Estou pensando seriamente em mudar-me para Munique.
Comecei a pesquisar Universidade Ludwig Maximilian de Munique,para o próximo ano.
Afinal, paz e tranqüilidade. Foi o que vim buscar quando mudei-me par cá.
E com minha amiga de infancia isso vai ser impossível .
Sorte ou azar da minha mulher, tinha ido trocar umas roupas que eu tinha comprado para ela e não serviu.
Está com sua amiga e só volta amanhã.
E deixou de desfrutar de compânia tão agradável casal.
A ausencia da minha mulher, almentou ainda mais, as suspeita da Paula maluca, sobre o meu amigo homem bomba.

Agora eu estou pesando, porque estas coisas bizarras acontecem comigo

ÔÔÔÔ......Vida!!!!!!!!!!!!!!!






Um caso que chocou todo povo alemão...






Secretária da Assistência Social da cidade-Estado se afasta do cargo após assumir responsabilidade pela morte de menino de 2 anos, cujo corpo foi encontrado na geladeira da casa do pai.

O governo da cidade-Estado de Bremen está sendo acusado de omissão pela imprensa no caso da morte de uma criança de 2 anos e 10 meses de idade. O corpo do garoto Kevin foi encontrado na geladeira da casa em que vivia com o pai, um dependente de drogas, nesta terça-feira (23/11).

A secretária de Assistência Social de Bremen, Karin Röpke, assumiu a responsabilidade pela morte da criança e se afastou do cargo. "Uma criança morre porque o Estado falha", escreveu o diário Süddeutsche Zeitung. "Todos estavam informados, até mesmo o prefeito."

Tutela do Estado

Kevin estava sob a tutela do Estado desde a morte da mãe, em novembro do ano passado. Mesmo assim, vivia com o pai, de 41 anos, que faz tratamento para se livrar da dependência de metadona, está fichado na polícia e é investigado pela morte da mãe de Kevin.

Segundo o diretor do Departamento para Juventude (Jugendamt), Jürgen Hartwig, as autoridades não sabiam que o pai de Kevin estava fichado e já havia sido condenado por agressão quando permitiram que o garoto retornasse para casa. O Departamento da Juventude é o órgão da administração municipal responsável pelo cumprimento dos direitos de crianças e adolescentes.

Secretária sabia do caso

Tanto o prefeito de Bremen, Jens Böhrsen, como a secretária Röpke estavam informados do caso de Kevin. Em novembro de 2005, quando o Estado assumiu a tutela do garoto, ele foi levado a um lar de menores mantido pelo Lyons Club local. Como membro do clube, o prefeito ficou sabendo da situação de Kevin.

O destino de Kevin começou a ser selado quando o Departamento para Juventude decidiu que o garoto poderia voltar a morar com o pai. A decisão não foi bem vista por integrantes do lar de menores que haviam percebido sinais de maus-tratos em Kevin.

Ao ficar sabendo que o garoto voltara à casa paterna, o prefeito cobrou da secretária Röpke que se mantivesse a par da situação. Ela prometeu que se ocuparia da questão. "Hoje me pergunto se poderíamos ter feito mais, se deveríamos ter perguntado mais", disse o prefeito.

Corpo estava na geladeira

Ciente da situação, o Jugendamt começou em setembro um processo para retirar o garoto da casa do pai. A decisão favorável da Justiça alemã saiu apenas no dia 2 de outubro. No dia 10, esta terça-feira, funcionários do departamento, acompanhados de policiais, foram à casa do pai de Kevin para buscar o garoto.

Era tarde demais. A porta da casa foi arrombada e a polícia encontrou o corpo de Kevin na geladeira. O próprio pai indicou aos policiais o local onde estava o cadáver.

Muitas perguntas continuam sem resposta: é possível que as autoridades não soubessem que o pai de Kevin estava sendo investigado? Por que o garoto não foi retirado da casa do pai mesmo sem autorização judicial, já que ele estava sob tutela do Estado? Por que se passaram meses sem que funcionários do Departamento da Juventude fossem visitar Kevin?

Ainda não se sabe quando Kevin morreu. Resultados preliminares da autópsia mostram que o corpo apresenta vários ossos quebrados e um hematoma na cabeça. Além do pai, a última pessoa a ver Kevin com vida foi um médico que o consultou, em julho passado. As causas da morte ainda são desconhecidas. O pai responderá a processo por homicídio.






Post: Young Vampire Luke


LESTAT NEWS

Thursday, April 19

Situação prisional alemã difere muito da realidade carcerária no Brasil

Superpopulação é principal problema das prisões brasileiras

Situação das prisões alemãs difere muito da realidade brasileira, onde há um déficit de 150 mil vagas nas cadeias. Justiça nos dois países restringe penas em regime aberto. Ouvidor fala em quadro dantesco no Brasil.
A Alemanha atingiu este ano o maior número de presos desde a reunificação, em 1990. De acordo com dados divulgados esta semana pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), em Wiesbaden, em 31 de março de 2006, o país tinha 64.512 detentos, o equivalente a 90 presos por 100 mil habitantes.
Apesar do aumento do número de presos (em 2005, eram 63.533), a relação detentos/população vem diminuindo. Em 1965, na antiga Alemanha Ocidental, a relação era de 107 presos por 100 mil habitantes acima de 14 anos de idade. Em 1982, era de 92/100 mil.
A absoluta maioria dos detentos (95%) são homens; 22% são estrangeiros. Apenas 3% cumprem prisão perpétua, enquanto 40% permanecem reclusos por apenas um ano. Os delitos mais freqüentes na Alemanha são furto (21%), envolvimento com drogas (15%) e roubo (13%).
Faltam celas e pessoal


Prisão para infratores jovens em Siegburg

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (BSBD) faltam, no mínimo, cinco mil celas individuais e três mil funcionários nas prisões alemãs. Em novembro passado, um jovem foi morto numa prisão em Siegburg (próximo a Bonn). Ele estava preso numa cela projetada para três detentos, mas que era ocupada por quatro. Além disso, apenas quatro funcionários estavam cuidando de 267 prisioneiros no fim de semana em que ocorreu o crime.
Segundo o Destatis, a estatística não revela os motivos do aumento do número de presos, "visto que não se registra exatamente se os tribunais estão dando penas mais longas, menos condicionais ou se há detentos que preferem um curto período de reclusão a pagar uma multa em dinheiro".
O que fica evidente, segundo o Destatis, é que a Justiça está adotando uma linha mais dura em relação ao cumprimento de penas em regime aberto, no qual o detento tem ampla liberdade para se reintegrar à sociedade. Nos últimos sete anos, o percentual desse tipo de pena caiu de 21% para 16%. Mais de dois mil presos alemães serão anistiados no próximo Natal e poderão festejar a virada do ano em liberdade.
Brasil: superpopulação carcerária
Apesar da carência de pessoal e celas individuais, a situação do sistema prisional alemão está longe de ser tão grave quanto a do Brasil. Segundo o levantamento do Departamento Penitenciário (Depen), do Ministério da Justiça, em dezembro de 2005, havia um total de 361.402 presos no sistema penitenciário e nas delegacias de polícia. Apenas 7417 condenados cumpriam penas em regime aberto e 32.901, em regime semi-aberto.
Somente no período de 1995 a 2003, a população carcerária do Brasil dobrou. O país tem 187 presos para cada 100 mil habitantes. Em 1995, eram 95 presos por 100 mil habitantes – número semelhante ao da Alemanha
Segundo o Depen, a população total do sistema penitenciário no final do ano passado era de 296.919 pessoas, mas neste mesmo sistema faltavam 90.360 vagas. Em novembro passado, o site do Ministério da Justiça mencionou a falta de 150 mil vagas no sistema prisional – um déficit superior à lotação do Maracanã.
A situação mais dramática é do Estado de São Paulo, onde estão cerca de 40% dos presos do país. Em outubro deste ano, o Estado tinha 144 mil detentos para 95.667 vagas (um déficit de 35%). A superpopulação carcerária é apontada como a principal causa das freqüentes rebeliões nos presídios.

"Quadro dantesto"
Segundo o ouvidor da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, Pedro Egídio de Carvalho, "a política predominante no Brasil é só prender". São Paulo tem 389 presos por 100 mil habitantes. De cada 100 presos, 78 cumprem pena em regime fechado, disse em entrevista à DW-WORLD.
Carvalho acrescentou que, a cada mês, entram 700 presos a mais do que são soltos nas penitenciárias de São Paulo. "O sistema tende a inchar e a se degenerar. O principal problema é o superpovoamento. O preso não tem sequer um lugar onde possa encostar o seu corpo. O Estado nunca vai conseguir equilibrar isso só construindo mais prisões", afirmou.
O dado mais novo, segundo Carvalho, é que "o sistema prisional brasileiro não distingue mais entre o preso e o bandido, vê todos os detentos como bandidos. O presídio se tornou um dos principais núcleos da criminalidade. Como disciplinar ou ressocializar 1500 pessoas num lugar previsto para 500?", questiona.

Lei não é cumprida


A legislação brasileira determina que cada preso tem direito a um espaço de 6 m2. "Na prática, há celas projetadas para 12 m2 que estão com 24 pessoas (antes eram 36). Saímos de uma situação desumana para infra-humana. Já é um avanço", disse Carvalho.
O ouvidor disse que, "no papel, a relação de 20 funcionários por 100 presos é muito boa. No dia-a-dia das prisões, porém, a realidade é outra. O funcionário absorve e sofre a mesma situação do preso. É um quadro dantesco, que ninguém quer ver. É como se tivéssemos parado há 20 anos".
Segundo Carvalho, todas as medidas propostas por juízes, mediante a pressão popular que sucedeu às rebeliões deste ano em São Paulo, são de endurecimento das penas. Pelo menos esta tendência coincide com a constatação feita pelo Destatis na Alemanha.
No mais, os quadros dos sistemas prisionais da Alemanha e do Brasil são muito distintos. A começar pelo fato que a Alemanha, na comparação internacional, tem relativamente poucos presos. No Reino Unido, por exemplo, são 148 detentos por 100 mil habitantes; na Rússia, 611/100 mil habitantes. E os EUA, campeões mundiais em número de presidiários, têm 738 presos por 100 mil habitantes.


post:By Young Vampire Luke



LESTAT NEWS




Tuesday, April 17

A luta pela diversidade:homossexuais ou héteros, todos pela igualdade e respeito

Este vídio é apenas para ilustrar o texto, no qual achei muito apropriado.preconseito é lixo, não importa para qual lado ele atire


A batalha travada entre moralistas cristãos e defensores da democracia na elaboração da lei que criminaliza a homofobia e do reconhecimento da união homoafetiva.
O país se lançou em mais uma polêmica da modernidade - o homossexualismo.

Depois de meio milênio tentando esconder esta realidade por meio de falso moralismo e intolerância, a "criança" cresceu e já não dá pra deixar de dar-lhe a merecida atenção.
Hoje, em qualquer lugar do mundo, já é normal se ver casais de rapazes ou moças namorando pelos grandes centros.
A comunidade homo resolveu desnovelar-se de seus antigos guetos noturnos e conquistar o seu espaço na sociedade.
Para os sociólogos e especialistas em comportamento social, trata-se de uma revolução cultural, uma mudança de valores, sobretudo entre os jovens, que propiciou uma abertura maior no campo de relacionamento e de um melhor acolhimento das diversidades.
Para os conservadores, trata-se de uma mera permissividade, gerada pelo comportamento relapso de alguns pais, conduzidos pelo stress do cotidiano e a falta de tempo para "cuidar dos filhos". Bem, as causas podem ser varias, mais isto é o menos importante.
O fato é que já não dá mais para ficarmos fechando os olhos para esta realidade, eles estão aÍ e não pretendem continuar sendo esmagados por argumentos moralistas ou religiosos.
Depois do reconhecimento oficial da igualdade na constituição Federal de 1988, o poder legislativo começou a institucionalizar, por intermédio de leis, a batalha contra os preconceitos. Primeiro veio a proteção da mulher no próprio texto constitucional, depois a lei do racismo e das cotas para negros, deficientes e estudantes de escolas públicas.
Agora, as autoridades legislativas estão querendo reconhecer a união homo-afetiva, dando garantias e direitos decorrentes desta união, e ainda criminalizar atitudes de intolerância e preconceito- a homofobia.
Não se trata de nenhum absurdo legislativo, mas de uma atitude coerente e esperada pelo próprio espírito igualitário que guarnece o nosso país, um país democrático de direitos.
Afinal, o próprio conceito de democracia já resguarda o direito que está sendo questionado. Democracia é o governo estabelecido em nome do povo, conferindo-lhe direitos e obrigações iguais,pois todos são iguais perante a lei.
Logo, muito diferente do que muita gente pensa, democracia não é o respeito cego da vontade das maiorias, mas o respeito da vontade e dos direito de todos.

Maiorias e minorias.

Heteros e homos. Negros e brancos.
Não importa. Por isso, o simples fato de se negar o direito e as garantias oriundas da união estável aos homossexuais, já é uma inconstitucionalidade, pois todos são iguais perante a lei, logo todos possuem os mesmos direitos.
Alguns articulistas desavisados chegaram a tachar os movimentos gays de movimento ditador, dizendo que a lei que criminaliza a homofobia não passa de uma "mordaça" à liberdade de expressão e de pensamento.
Ora, logo se percebe que quem prolatou essas sandices não é nenhum técnico em Direito.
A liberdade de expressão é um princípio constitucional tão importante quanto a dignidade da pessoas humana e o poder de auto-determinar-se.
Ora, se existe um conflito entre os dois direitos, um deles irá se restringir, dando lugar à inteireza do principio que no momento se fizer mais importante.
Esta técnica de interpretação jurídica se chama proporcionalidade ou razoabilidade. É muito obvio que, em se tratando da dignidade de milhares de pessoas, da sua auto estima e até mesmo da integridade moral e física, a liberdade de expressão é que será o principio a ser limitado.
O mesmo ocorreu com a limitação desse mesmo principio em relação ao racismo.
Não se pode expressar publicamente palavras de desapreço e injuriosas sobre negros, é crime. Agora ninguém questiona isto, nem chama a lei contra racismo de mordaça.
Logo, do ponto se vista jurídico, a lei que criminaliza a homofobia é tecnicamente perfeita, não trazendo nenhum traço de autoritarismo, como dizem alguns desinformados.
Não vejo, motivo algum para tanta balburdia.
Quando ficou instituído o crime de racismo, ninguém achou um absurdo.
A situação é a mesma. O crime é de intolerância e de preconceito.Pessoas que agridem os homossexuais pelo simples fato de o serem, pessoas que os desrespeitam, injuriam,os demitem ou os privam de qualquer coisa pelo simples fato de serem homossexuais.
A lei é neste sentido. Não entendo porque evangélicos e católicos se insurgiram contra esta lei. Eles irão continuar pregando a palavra de Deus, dizendo que o comportamento é contra a lei de Deus. Só não poderão, ofende-los e fazerem incitações à intolerância.
Mas se eles já estão com medo, deve ser porque já estão promovendo este tipo de situação.
E ainda se julgam melhores que os outros...
Sob outra ótica, os moralistas também estão tentando dificultar esta conquista em nome da "moral e dos bons costumes" e em nome da instituição da família. Ora, o que é que eles estão chamando de moral?
O homossexualismo é uma realidade tão antiga quanto a própria humanidade.
Será que moral é continuar escondendo a existência dessas pessoas, fadando-as a uma vida de solidão e frustração?!!! Ou pior, obrigando-as a se refugiarem em conventos mesmo sem terem vocação para isto, tendo o único objetivo de fugir da maledicência e do preconceito. Ou ainda se casarem indo contra a sua natureza, constituindo uma família insólida e infeliz.

Uma recente pesquisa de uma ONG constituída pelo movimento gay de Madrid informou que 32% dos homens casados entrevistados tem fantasias sexuais com outros homens e desses 32% a metade ( 50%) já tiveram uma relação extraconjugal com outros homens.
A mesma pesquisa está sendo feita no Brasil e os índices encontrados são aproximadamente os mesmos. Então, senhores moralistas, qual é a moral e os bons costumes que vocês defendem? A moral da hipocrisia? O falso moralismo?
A lei do faça o que eu digo mas não faça o que eu faço? Acredito que nossa legislação está no caminho certo. Os jovens de hoje, tachados pelos hipócritas conservadores de transviados, apenas estão sendo verdadeiros e vivendo com dignidade a sua própria natureza.
Os jovens estão aceitando as diferenças que há muito tempo foram escondidas pelos conservadores às custas de muita dor e sofrimento.
Jovens são a favor da paz, do amor, do respeito e da verdade.
Por isso não aceitam mais as correntes do falso moralismo, dos dogmas irresponsáveis da igreja, que dominam e castram seus adeptos.
Acho até importante mencionar que boa parte de nossa população jovem está migrando para as religiões orientais, sobretudo budismo e seicho no ye.
É bastante lógico que, uma população jovem, precoce e bem informada, não se deixará mais ser dominada por dogmas manipuladores. A grande diferença vista entre o cristianismo e as religiões orientais é que aquela acumula ordens, manipula e aprisiona seus adeptos; já a segunda é uma filosofia de vida que prega o respeito, a felicidade e a responsabilidade.
São religiões que libertam, por isso mais procuradas entre os jovens do século XXI, que não aceitam mais a hipocrisia nem as correntes do falso moralismo.
Quanto o respeito à instituição da família, penso que realmente é uma questão a ser trabalhada, mas não pela luta contra a união homoafetiva.
O que está desmoronando a instituição da família é o desemprego, a falta de amor entre os casais, a dificuldade de entendimento entre pais e filhos, o choque cultural entre esses, o alcoolismo e o falso moralismo.

Essas são as pragas sociais a serem combatidas.

É isto que destrói a família.
O reconhecimento da união homoafetiva só vem a contribuir com o sistema.
Trata-se de mais uma moldagem para essa célula mínima que integra a sociedade.
Penso que devemos mais uma vez nos despirmos dos preconceitos e enxergarmos com olhos mais inteligentes os significados das palavras.
Família é o menor núcleo social formado pela união de pessoas por laços biológicos, jurícos ou afetivos.
Família é muito mais do que a reunião de uma mãe, um pai e um filho. É uma união afetiva, e é justamente esta característica - afetividade- que deve ser protegida.
É a afetividade entre as pessoas da família que contribuirá para a formação intelecto -moral de um filho e que disciplinará, de forma natural, as obrigações mais elementares entre os seus integrantes. Não tenho dúvida que vale muito mais a pena termos pessoas felizes, respeitadoras, dignas e de caráter, vinda de família homo, a termos pessoas desequilibradas e sem caráter provenientes de uma família hétero totalmente desestruturada.
Sem ter a pretensão de extinguir o debate sobre o assunto, acredito que qualquer letrado em psicologia, Direito, política e sociologia assinarão essas palavras, mas argumentos meramente religiosos do tipo: "... mas ta escrito na bíblia..." são insuficientes e descabidos em uma questão que envolve a vida e a dignidade de pessoas.

Assunto desse porte deve ser debatido com argumentos científicos, com pesquisa e estatística e não com misticismo e religiosidade até porque a complexidade do assunto não comporta a simplicidade das soluções ofertadas por católicos. evangélicose religiosos afins.

Autor do texto: Raphael Ramires

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Resolvi postar este texto, assim que recebi a noticia da morte de um amigo.
Ele era um jovem brilhante, sempre esteve entre os melhores alunos do S. Bento.
Foi morto skins ou white power, não sei...
Isso aconteceu no Brazil, não foi aqui na Alemanha.
Querem saber, qual crime ele cometeu ?
Era homossexual...

Não estou levantado bandeira pro homo ou hétero.

Quero exemplificar aqui, o quanto chega a estupides dos preconceituosos

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by: Young Vampire Luke


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