Tuesday, June 9

Nascimento de um ramo.....

A economia cultural e criativa funciona como fator de crescimento e motor de inovação. Na Europa, a Alemanha está entre os líderes. Um artigo sobre um ramo promissor.





Quem, nestes difíceis tempos para a economia, procura um raio de esperança, logo se depara com um ramo que até pouco tempo nem existia: a economia cultural e criativa. Ao lado dos especialistas em tecnologias verdes, os profissionais culturais e criativos são considerados mensageiros do crescimento. Sem criatividade, não há inovação. Sem inovação, não há progresso. É simples. Empreendedores criativos de todas as procedências devem, com suas idéias e produtos, guiar o caminho da era pós-industrial para a baseada no conhecimento. Além disso, a concorrência por inovações entre países e regiões tem tornado o elemento criativo cada vez mais importante. Capital nas cabeças, em vez de nas contas. “Cerca de um terço de toda a mão-de-obra na economia global dos países industrializados avançados é considerada hoje criativa”, publicou a revista “Der Spiegel”.
Não é de se surpreender que, em debates econômicos, a análise sobre a economia cultural e criativa amadureceu como tema de destaque. Estima-se haver neste ramo cerca de 210000 empresas, com quase um milhão de trabalhadores. O Ministério da Economia da Alemanha avalia os negócios anuais no ramo em mais de 125 bilhões de euros, com tendência de crescimento. Quanto a seu valor econômico, pouca dúvida ainda existe. Mas o que é a economia cultural e criativa? Quem pode se sentirparte da “classe criativa”? A princípio, chama a atenção a heterogeneidade de tudo que é atribuído à economia cultural e criativa. Uma turma variada, que atua em 11 segmentos e inclui designers, cineastas, publicitários, arquitetos, criadores de jogos eletrônicos, estilistas e músicos. Segunda característica: “small is beautiful”. O criativo tradicional frequentemente batalha com suas ideias como um guerreiro solitário. Um escritório do ramo gera trabalho, em média, para 3,5 cabeças criativas. O outro lado do “estilo garagem”: muitas empresas criativas carecem de capital e, em geral, de contatos entre si. “Nós queremos dar um perfil para o ramo”, diz Dagmar G. Wöhrl, secretária de Estado no Ministério da Economia. A intenção é examinar, até o verão europeu de 2009, cada um dos subsetores da economia cultural e criativa, para elaborar, para o governo federal, uma estratégia de fomento à economia cultural e criativa.
A iniciativa é coordenada pelo encarregado de Cultura e Meios de Comunicação e pelo Ministério Federal da Economia e Tecnologia. O Ministério das Relações ­Exteriores igualmente participa, pois a perspectiva internacional é considerável. Ao lado da América do Norte e da Ásia, a Europa é um dos três polos globais da economia criativa. Não é de se admirar que este ramo ultimamente também desempenhe um novo papel no registro de marcas nacionais.
Alemanha, seus criativos. A situação é boa. Em muitas áreas, a produção criativa alemã está entre as melhores do mundo. Em outras, existem talentos, para os quais às vezes ainda faltam plataformas para carreiras internacionais. Ativas estão também as regiões criativas. Com Berlim como locomotiva do ramo, há além disso uma cidade que atua como um biótipo para a criatividade. Como diz Ares Kalandides, da Create Berlin:

“Berlim é a marca.”


Postade by Young Vampire Luke



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