Ele deveria ser mais ou menos do tamanho de uma folha A4, além de bem delgado e leve. Melhor ainda, seria eu poder baixar todo o jornal pelo telefone celular e segurar o leitor eletrônico com uma mão no ônibus sacolejante, sem nenhum esforço: ler notícias sem molestar o vizinho de assento.
Aí, eu deixaria em casa minha papelada e o laptop, já que todos os documentos necessários seriam legíveis no dispositivo – e editáveis também, claro. Um novo fax, um e-mail importante, sem problemas, bastaria baixar do celular. E o cabo para recarregar, eu também preferiria deixar em casa.
"Logo estaremos lançando um leitor eletrônico no mercado. Seu coração é o e-paper, um monitor eletrônico com características de papel, que fabricamos aqui em Dresden", explica. De resto, o dispositivo corresponde bastante a meus desejos.
Até então, eu não acreditava que jamais fosse voluntariamente querer ler textos a partir de um mostrador eletrônico. Até hoje, sempre preferi imprimir os documentos mais longos, para não cansar tanto os olhos.
Mas depois que Lichten me mostra um protótipo do leitor QUE, fico convencida: com esse papel eletrônico dá realmente para ler super bem. Mas isso não é tudo: futuras gerações do aparelho deverão consumir menos energia, além de ser independentes de fontes de energia externas.
Top cluster Dresden
Cabe mencionar: Dresden acaba de vencer uma concorrência de top clusters, ou seja, regiões que concentram grande número de firmas e pesquisas inovadoras. Assim, a cidade no leste alemão receberá nos próximos cinco anos incentivos milionários para a pesquisa de uma maior eficiência energética no processamento de dados.
Uma das participantes do top cluster é a Universidade de Dresden, para onde me dirijo, a fim de encontrar o professor Frank Ellinger. Ele me explica que atualmente a difusão de notícias consome uma quantidade enorme de energia, mais ou menos a que produz toda uma usina de força.
"Caso se encontrasse agora uma possibilidade de divulgar essas notícias eletronicamente, com grande eficiência energética, poder-se-ia reduzir drasticamente esse consumo. E é aqui que entra em cena o papel eletrônico."
No lugar de empregar energia nuclear, está-se desenvolvendo, por exemplo, juntamente com a firma Roth und Rau, uma célula fotovoltaica especial para alimentação do e-paper. Ela seria instalada na superfície do aparelho leitor, de forma que eu leria meu jornal através dela, enquanto o sol forneceria a eletricidade necessária.
Admirável futuro novoE para que eu não necessite de tanta energia, outros se encarregam de reduzir o consumo energético do leitor eletrônico. Por exemplo, a Infineon. "Somos os parceiros para o abastecimento energético inteligente, que realmente só consuma eletricidade quando se vira uma página", explica o diretor-gerente da firma, Helmut Warnecke
Bildunterschrift: Firma Infineon pesquisa eficiêcia energética
Além disso, os dados seriam transmitidos sem fio do telefone celular para o leitor eletrônico. O que exige, é claro, um dispositivo de segurança. "E neste ponto também dispomos da competência necessária e vamos oferecer o chip de segurança junto", promete Warnecke.
Também na Infineon ganhei um café. Eu o bebo até o fim e já começo a me alegrar pelo admirável futuro novo, sem bolsas pesadas. Isto é, se eu puder pagar por ele, pois ainda não se sabe quanto o leitor eletrônico irá me custar. Em caso de dúvida, vou ter que apelar de novo para a boa fada.
POSTADE BY : Vapir Luke
LESTAT NEWS
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