Wednesday, October 31

O melhor afrodisíaco continua a ser a carência prolongada.





É inesperada tamanha obsessão com o sexo, depois de tantos milénios de uso.
Claro que as coisas mudaram um bocado, sobretudo nos últimos vinte anos.
Fala-se até em Educação Sexual obrigatória (nesta nova disciplina, os exames orais serão eliminatórios).
É como resmunga uma ex prof e amiga minha: “Hoje uma mulher vai para a cama com um homem e, imagina, no dia seguinte ele já nos quer levar para jantar!”
Há vinte anos a exibição de ‘O Império dos Sentidos’, no Canal 12, provocou um chilique na sociedade alemã. Apesar (ou por causa) das cenas de sexo explícito, o filme de Oshima é uma obra-prima sobre o nexo metafísico entre a sensualidade e a morte, Eros e Tanatos.
Precisamente como alguém disse sobre o escabroso ‘O Trópico de Câncer’, de Henry Miller: “Enfim um livro impublicável que é legível.”
Em compensação, o meu avô chorou e babou quando assistiu à ‘Garganta Funda’:
“É o filme mais deprimente que já vi – tristíssimo quando se tem 83 anos.”
Desde então, o panorama mudou. Floresceram os canais 118, o XXL e os porno por assinatura. O sexo na TV, que estão entrando e a saindi fogosamente dos nossos lares sem parar, entrando e saindo, virou-se para o lado e acendeu um cigarro.
Sempre achei os filmes porno só tem cenas repetitiva.
Um amigo concorda: “Nos primeiros minutos quero voar para a cama e coisar desalmadamente; no resto do filme, nunca mais quero coisar na minha vida (e para localizar o meu pirilau é preciso um GPS).”
OK, mas repugna-me o puritanismo: os nossos críticos ainda acham difícil escrever: “Adorei este filme porque me provocou uma erecção.” Bem, a triste verdade é que o melhor afrodisíaco continua a ser a carência prolongada.
Eis a minha posição (ops!): as opções sexuais, desde que voluntárias e entre adultos, são pessoais.
Aliás, se todos conhecessem a intimidade um dos outros, ninguém se cumprimentava na rua.
Pornografia de madrugada ou por assinatura?
Acho muito mais obsceno, por exemplo, um energúmeno do ‘Big Brother’ participar, às quatro da tarde e em canal aberto, que vai “bater uma, como o ocorrido aí no Brazil que foi nota divulgada no mundo todo”. Ou a monomania da ‘Tertúlia Cor-de-Rosa’ (isto é que é sair do armário!), da SIC, com vulgaridades e adjacências, ainda antes do meio-dia. Chegaram a fazer um círculo, com um marcador vermelho, em redor do membro nu e erecto do namorado de uma colunável (daquelas que são célebres por serem famosas). E projectaram a foto, com os comentários epigramáticos que calculam. Degradante, boçal e ridicuo. Mas, leitor, não se aborreça tanto com o sexo. Afinal, ele é hereditário – se os seus pais nunca o fizeram, você tão-pouco o fará. ;)

Ps: A pedido do meu amigo Dragão Rosa , continuo na promissoura carreira de crítico de TV e afins...

Com uma pequena evolução ou não, mudei o estilo de progamação...

Huashshshshsh!!!!!!!






Post: By Young Vampire Luke



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Sunday, October 28

Sem Paciência para TV...





Ok, talvez eu não seja a pessoa mais indicada para falar em saúde. Os meus reflexos, por exemplo, não estão lá grandes coisas: fui atropelado quando estava pilotando minha moto, por um carro que tinha um furo e precisava ser empurrado numa subida. E depois a motorista era uma senhora que poderia muito bem ter a idade da minha mãe...
Só que neste período de recuperação estou limitado a ficar deitado 24 horas por dia em uma cama.
Tenho assistido Tv para passar o tempo. Tenho assistido minhas aulas normalmente, grassas ao recurso vídeo palestra, mas depois fazer o que...Procuro algo nas TVs tentando garimpar algo de útil para assistir ,mas isso é praticamente uma missão impossivel
A RTPN tem uma assinatura sobre saúde cuja apresentadora parece uma papa defunto (só falta à fita métrica) e a vivacidade do programa lembra o rigor mortis.
Haja naftalina.
Mas a TV é, por natureza, hipocondríaca. Os programas de mau gosto das manhãs (e mesmo os telejornais) adoram enfermos com desgraças de fazer chorar as pedras da calçada
– Se forem criancinhas, então, até lambem os beiços.
– E as séries em hospitais – de ‘ER’ à ‘Anatomia de Grey’ – são epidêmicas.
Mas nenhuma tem pedigree para beijar o chão que ‘House’ pisa.
Tomem lá esta: por incrível que pareça, ‘House’ é uma série policial! Só que o protagonista troca o cachimbo de ‘Holmes’ pelo estetoscópio – aliás, como o ‘Sherlock’, também é viciado em drogas.
O ‘Dr. House’ investiga os sintomas como um detective analisa as pistas de um crime (a agressão contra o doente), para desmascarar o criminoso (a doença homicida).
A identificação do culpado corresponde ao diagnóstico – e a sua detenção, à cura.

O protagonista (o actor Hugh Laurie) é o Rei Sol da série: ofusca todos os outros médicos-cortesãos. Sarcástico e irascível, a personagem é tão arrogante que, ao perto dele, Josef Mengele parece São Francisco de Assis. Porquê tão rabugento?
Por perceber que a diferença entre a genialidade e a estupidez é que a genialidade tem limites.
No um mundo, diga- -se de passagem, morre-se muito de médico.
Mas os pais ainda se empenham para que os filhos tirem o canudo e sejam senhores doutores. Pudera: o negócio é rendoso (hoje em dia, o sujeito que ainda conserva as amígdalas e o apêndice só pode ser um médico).
De médico e de louco toda a gente tem um pouco?
– Ou muito
:
– Olhem estes dados
– Dos oito terroristas islâmicos presos pela polícia inglesa por envolvimento num atentado frustrado seis eram médicos em Inglaterra, país cujos cidadãos pretendiam esquartejar – em vez de salvar vidas, estes clínicos urdiam uma chacina.
-Aliás, foi um médico que inventou a guilhotina (o dr. Guillotin)
– E o número 2 da al-Qaeda, Ayman Zawariri, é cirurgião.
– Sei que vocês vão dizer que sou um chato que odeia Tv.

Mas sou obrigado a concordar.

-Vocês tem toda razão eu odeio TV.

Ps. Caso, eu não sair logo desta cama, vou acabar virando crítico de TV.

Huashshshshs!!!!!!!!!






Post:By Young Vampire Luke





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Tuesday, October 23






Em geral, não gosto de saber o que dizem de mim pelas costas.
– Posso ficar vaidoso. Mas capto certas bocas fofoqueiras. Cochicham, por exemplo, que corro atrás da minha juventude. Ora, é a pura verdade –Sou jovem! E não apenas da minha, mas do novo tenho sede de viver. Quem gosta de ruínas é a Lara Croft. Mas falemos de coisas sérias. Não, não do pobre Marques Mendes, mas dos pequenos propriamente ditos.

As crianças de hoje são simplesmente monstruosas – não demonstram o mínimo respeito pelos nossos idosos.
. Fazem muito mal, pois a experiência é precisamente um pente que a vida nos dá quando já estamos carecas. Anotem: os grandes programas de TV não nascem todos os dias; as crianças, sim.

A rede americana CBS, brandindo um contrato principesco, convenceu 40 pais e mães a deixarem os filhos participar em ‘Kid Nation’, que se estreou há uma semana nos EUA. São 40 crianças, entre 8 e 15 anos, vivendo sem adultos numa cidade cenográfica – mas não são “eliminados” e se quiserem podem ir para casa e depois regressar à base. Objetivo do jogo: embolsar pilim (moeda do jogo), através da competição ardilosa, tramóias adotando-se políticas incorretas. Enfim, uma mistura de ‘Big Brother’ com ‘O Senhor das Moscas’. Deprimente. Bem sei que a vida não é um mar de rosas, mas tão-pouco, as crianças são meros bonsais,
–– Miniaturas de coisas maiores.

Quando se esta preso em uma cama termina vendo de tudo para se ocupar o tempo, mas este programa é ridículo.
Mas com certeza será um grande sucesso de audiências no mundo todo.

Sei que sou um cara chato que não gosta de Tv e adora filmes coolt etc...
Tenho um estranho hábito de ler e querer aprender sempre, respeitar as pessoas, este estranho hábito aprendi com meu velho pai que por razões desconhecida eu continuo admirando e respeitando sua memória.
Bem, por um lado, todos somos ignorantes, só que em assuntos diferentes. Confesso que sei muito pouco sobre apicultura. Isso faz de mim um jumento? Por outro lado, o conhecimento é cumulativo: requer não apenas esforço (que não exclui nem o prazer nem o entretenimento), mas em tempo. Subjacente a tais programas pulsa uma noção obscurantista e nefasta: a de que a cultura não vale um cent’s de euro.

Observem a atual infantilização do cinema americano, com o seu ritmo frenético e os diálogos monossilábicos (fuck isso, fuck aquilo). Sinto muito desapontá-los, os guris baixotes, mas é a triste verdade: ninguém é jovem o suficiente para saber tudo.
Tenho uma menininha inocente aqui que só quer ser uma criança normal como eu fui...


TREIXOS DO NEFASTO ÍBRIDO DE O SENHOR DAS MOSCA COM BIG BROTHER

Post: By Young Vampire Luke

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Friday, October 19

Minha mulher adora o livro O pequeno Príncipe, Eu sempre falo para ela que é um livro infantil e chato. Ela vivia enchendo o meu saco para ler e depois começasse a falar mal. Já havia lido o livro, visto o vídeo de animação quando criança e tinha certeza que era chato... Só que ela realmente ama este livro, eu desisti de tentar faze-la compreender que a livros de muito mais conteúdo. Ontem estávamos os três na cama. eu, minha filha e ela.Quando minha filha pede para ela ler o livrinho do petit prince, em uma entonação correta de francês! Levei um susto ela não tem contato com que fale francês, dividi a minha atenção do livro que estava lendo e comecei a reparar nas duas. Matisue começou a ler em voz alta a fábula da raposa e o Pequeno Príncipe. Quando minha filha falou não tsu, fala igual à raposa e o príncipe. Matisue começou a ler em francês e minha filha ficou extasiada e terminou dormindo.
Matisue a levou para cama e retornou e perguntei desde quando você sabe francês? Muito calma, ela respondeu desde sempre.Seis anos de aliança francesa ta bom para você... Mas, como se você nunca me falou, em resposta ela falou, você nunca me perguntou... Deitou, virou para o lado e dormiu.Peguei o livro e comecei a ler e devorei o livro. Realmente o livro é perfeito E me rendi a Matisue. Ela tem razão O Pequeno Príncipe e um grande livro E ali descobria mais alguns dados negativos sobre mim. Eu fui arrogante e preconceituoso Subestimei matusui quanto o seu nível intelectual Até que chegou um pinguinho de gente de um ano e seis meses para ensinar ao pai o que é pré-conceito e arrogância é uma coisa que temos e não notamos, mas magoa as pessoas que amamos.
Minhas reconsiderações a respeito do livro
O pequeno príncipe é uma obra aparentemente simples, mas, apenas aparentemente. É profunda e contém todo o pensamento e a "filosofia" de Saint-Exupéry. Apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geômetra, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.
É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a
criança que fomos.
O Príncipe e a Raposa
Então a raposa apareceu."Bom dia", disse a raposa."Bom dia", o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. "Quem é você? Você é tão bonita de se olhar”."Eu sou uma raposa", disse a raposa."Venha brincar comigo", propôs o Pequeno Príncipe. "Eu estou tão triste"."Eu não posso brincar com você", a raposa disse. "Eu não estou cativada"."O que significada isso – cativar?” · “É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam", disse a raposa. "Significa estabelecer laços"."Sim" disse a raposa. "Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas sem você me cativar então nós precisaremos um do outro".A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: "Por favor, cativa-me”."O que eu devo fazer para cativar você?" perguntou o Pequeno Príncipe.Você deve ser muito paciente “. Disse a raposa “. Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia”.Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele – "Oh!" disse a raposa. "Eu vou chorar"."A culpa é sua", disse o Pequeno Príncipe, "mas você mesma quis que eu a cativasse"."Adeus", disse o Pequeno Príncipe."Adeus", disse a raposa. "E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa”.(Saint-Exupéry)
Este post é meu pedido de desculpas...
postade: by Young Vampire Luke
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Wednesday, October 17

O menino o cão e uma iguana e três guitarras. Descobrindo Nietzche




O menino o cão e uma iguana. Descobrindo Nietzche

Há muitos anos atrás havia um menino que vivia com seu pai em uma terra distante e ensolarada.
Ele era muito feliz vivendo neste lugar cheio de cores e pessoas douradas de sol.
Em sua vida a única responsabilidade era se divertir e estudar isso o seu pai exigia, mas o resto do tempo era dedicado para diversão.
Em um dia ensolarado, como todos outros dias felizes. O pai do menino é morto. Por uma daquelas pessoas douradas de sol deixando o menino só com seu cão e sua iguana como família.
O menino não compreendia porque aquilo estava acontecendo com ele.
Que crime tão hediondo teria cometido para ser condenado aquilo. E começou a ter inveja das pessoas simples, por elas tinham famílias, mesmos morando nos casebres das encostas dos morros.Descobrindo que não era seguro continuar na terra do sol sempre dourado. Volta para as terras frias, onde era sua origem, mas ao chegar na Terra Fria, descobre que na terra de sua origem era um estranho.
Os povos, de lá o chamavam “o filho da Terra do Sol, e o povo da Terra do Sol o filho da Terra Fria!”.
Era tudo muito confuso para o menino entender aquilo que acontecia naquele momento de sua vida e vai para outro lugar frio viver na Terra da Rainha.
Conhece pessoas estranhas começa a falar de misticismo, ingressa em um culto satânico.
Começa a ler sobre as mais diversas religiões.


Quem conhecia o garoto poderia dizer que ele estava enlouquecendo.
Ele isolou-se dos amigos e começou a usar algumas drogas para anestesiar sua dor.
Até que em um dia encontra seu amigo e traficante, em uma daquelas casas under que os músicos se reúne para falar de seu assunto preferido, música... Neste dia seu traficante e amigo fala que tem um músico da Terra do Sol ali.
Como já algum tempo o menino não encontrava nenhum nativo da Terra do Sol, foi olhar quem era.
Sua surpresa foi grande. Quem estava ali era seu antigo professor de musica. Grande musico da terra do sol.
Ele olhou para o menino e ficou muito aborrecido pegou o menino
Pelo braço e saio o arrastando como um boneco de pano. Para sua casa.
Esperou o menino melhorar.
Quanto o menino estava bem, ele falou.
O palhaço você só te dois caminhos, continua se matando ou vive para continuar o que seu pai construiu, muita gente precisa de você.
Agora você precisa escolher entre viver e morrer.
Quer morrer, morra com dignidade de um tiro na sua cabeça não envergonhe o nome do seu pai.
Aquelas palavras duras atingiram, o menino muito mais que à bala do revolve que tirou a vida do seu pai.
Só que desta vez estava dando-lhe a vida novamente.
O antigo professor entra no em um lugar da casa e traz três livros e entrega para o menino.
Isto era do seu pai estava comigo.
Leia que te fará muito bem.
Quando o menino viu os títulos dos livros
Ecce Homo,Alem do Bem e do Mal, O Anticristo
Ali era seu primeiro contato com o grande filósofo. que o ajudaria na árdua tarefa de sobreviver as “adversidades” da vida.Dali adiante ele foi para as terras baixas.
Começando uma nova vida.
Levando com sigo três livros, um cão,uma iguana e suas guitarras.
Hoje ele construiu uma nova família fincou raízes.
Ainda sente saudades...
E é feliz.

ps: post dedicado ao grande mestre K.L.

postade: By YoungVampire Luke

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Monday, October 15

163 anos atrás nascia um dos maiores genios pensadores





Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900) foi um influente filósofo alemão do século XIX.

Friedrich Nietzsche nasceu numa família luterana em 1844, sendo destinado a ser pastor como seu pai, que morre jovem em 1849 aos 36 anos, junto com seu avô. Entretanto, Nietzsche perde a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filologia afastam-no da tentação teológica: "Um outro sinal distintivo dos teólogos é a sua incapacidade filológica. Entendo aqui por filologia "(...) a arte de bem ler – de saber distinguir os factos, sem estar a falseá-los por interpretações, sem perder, no desejo de compreender, a precaução, a paciência e a finesse." (O Anticristo). Durante os seus estudos na universidade de Leipzig, a leitura de Schopenhauer (O Mundo como Vontade e Representação, 1818) vai constituir as premissas da sua vocação filosófica. Aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, Nietzsche é nomeado aos 25 anos professor de Filologia na universidade de Basiléia. Adota então a nacionalidade suíça. Desenvolve durante dez anos a sua acuidade filosófica no contacto com pensamento grego antigo - com predileção para os Pré-socráticos, em especial para Heráclito e Empédocles. Durante os seus anos de ensino, torna-se amigo de Jacob Burckhardt e Richard Wagner. Em 1870, compromete-se como voluntário (enfermeiro) na guerra franco-prussiana. A experiência da violência e o sofrimento chocam-no profundamente.
Nietzsche em agosto de 1868
Em 1879 seu estado de saúde obriga-o a deixar o posto de professor. Sua voz, inaudível, afasta os alunos. Começa então uma vida errante em busca de um clima favorável tanto para sua saúde como para seu pensamento (Veneza, Gênova, Turim, Nice, Sils-Maria...) : "Não somos como aqueles que chegam a formar pensamentos senão no meio dos livros - o nosso hábito é pensar ao ar livre, andando, saltando, escalando, dançando (...)." Em 1882, ele encontra Paul Rée e Lou Andreas-Salomé, a quem pede em casamento. Ela recusa, após ter-lhe feito esperar sentimentos recíprocos. No mesmo ano, começa a escrever o Assim Falou Zaratustra, quando de uma estada em Nice. Nietzsche não cessa de escrever com um ritmo crescente. Este período termina brutalmente em 3 de Janeiro de 1889 com uma "crise de loucura" que, durando até à sua morte, coloca-o sob a tutela da sua mãe e sua irmã. No início desta loucura, Nietzsche encarna alternativamente as figuras míticas de Dionísio e Cristo, expressa em bizarras cartas, afundando depois em um silêncio quase completo até a sua morte. Uma lenda dizia que contraiu sífilis. Estudos recentes se inclinam antes para um câncro (câncer) do cérebro, que eventualmente pode ter origem sifilítica. Sua irmã falsou seus escritos após a sua morte para apoiar uma causa anti-semita. Falácia, tendo em vista a repulsa de Nietzsche ao anti-semitismo em seus escritos. Entretanto, sua irmã morre confortavelmente sob a tutela nazista.

Durante toda sua vida sempre tentou explicar o insucesso de sua literatura, chegando a conclusão de que nascera póstumo, para os leitores do porvir. O sucesso de Nietzsche, entretanto, sobreveio quando um professor dinamarquês leu a sua obra Assim Falou Zaratustra e, por conseguinte, tratou de difundi-la, em 1888.

Muitos estudiosos da época tentaram localizar os momentos que Nietzsche escrevia sob crises nervosas ou sob efeito de drogas (Nietzsche estudou biologia e tentava descobrir sua própria maneira de minimizar os efeitos da sua doença).

Obra

Nietzsche ao lado de sua mãe.

Crítico da cultura ocidental e suas religiões e, conseqüentemente, da moral judaico-cristã. Associado equivocadamente, ainda hoje, por alguns ao niilismo e ao nazismo - uma visão que grandes leitores e estudiosos de Nietzsche, como Foucault, Deleuze ou Klossowski procuraram desfazer - juntamente com Marx e Freud - Nietzsche é um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna.

Nietzsche, sem dúvida considera o Cristianismo e o Budismo como "as duas religiões da decadência",embora ele afirme haver uma grande diferença nessas duas concepções.O budismo para Nietzsche "é cem vezes mais realista que o cristianismo"(O anticristo).Religiões que aspiram ao Nada, cujos valores dissolveram a mesquinhez histórica. Não obstante, também se auto-intitula ateu:

"Para mim o ateísmo não é nem uma conseqüência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto" (Ecce Homo, pt.II, af.1)

A crítica que Nietzsche faz do idealismo metafísico focaliza as categorias do idealismo e os valores morais que o condicionam, propondo uma nova abordagem: a genealogia dos valores.

Nietzsche quis ser o grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos. E assim a moral tradicional, e principalmente esboçada por Kant, a religião e a política não são para ele nada mais que máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar. A moral, seja ela kantiana ou hegeliana, e até a catharsis aristotélica são caminhos mais fáceis de serem trilhados para se subtrair à plena visão autêntica da vida.

Nietzsche golpeou violentamente essa moral que impede a revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pelo influxo dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo uma forma de obediência. Essa traição ao “mundo da vida” é a moral que reduz a uma ilusão a realidade humana e tende asceticamente a uma fictícia racionalidade pura.

Com efeito, Nietzsche procurou arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras. Mas a questão é: que máscaras são essas? Responde, então, que as máscaras se tornam inevitáveis pela própria vida, que é explosão de forças desordenadas e violentas, e por isso, é sempre incerteza e perigo.

A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais. Neste sentido a vida é vontade de poder ou de domínio. Vontade essa que não conhece pausas, e por isso está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la.

Não existe via média, segundo Nietzsche, entre aceitação da vida e renúncia. Para salvá-la, é mister arrancar-lhe as máscaras e reconhecê-la tal como é: não para sofrê-la ou aceitá-la com resignação, mas para restituir-lhe o seu ritmo exaltante, o seu melismático júbilo.

O homem é um filho do “húmus” e é, portanto, corpo e vontade não somente de sobreviver, mas de vencer. Suas verdadeiras “virtudes” são: o orgulho, a alegria, a saúde, o amor sexual, a inimizade, a veneração, os bons hábitos, a vontade inabalável, a disciplina da intelectualidade superior, a vontade de poder. Mas essas virtudes são apanágios de somente uns poucos, e é para esses poucos que a vida é feita. De fato, Nietzsche é contrário a qualquer tipo de igualitarismo e principalmente ao disfarçado legalismo kantiano, que atenta o bom senso através de uma lei inflexível, ou seja, o imperativo categórico: “Proceda em todas as suas ações de modo que a norma de seu proceder possa tornar-se uma lei universal”.

Essas críticas se deveram à hostilidade de Nietzsche em face do racionalismo que logo refutou como pura irracionalidade. Para ele, Kant nada mais é do que um fanático da moral, uma tarântula catastrófica.

Para Nietzsche o homem é individualidade irredutível, à qual os limites e imposições de uma razão que tolhe a vida permanecem estranhos a ela mesma, à semelhança de máscaras de que pode e deve libertar-se. Em Nietzsche, diferentemente de Kant, o mundo não tem ordem, estrutura, forma e inteligência. Nele as coisas “dançam nos pés do acaso” e somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo em beleza e fazer aceitável tudo aquilo que há de problemático e terrível na vida.

Mesmo assim, apesar de todas as diferenças e oposições, deve-se reconhecer uma matriz comum entre Kant e Nietzsche, como que um substrato tácito mas atuante. Essa matriz comum é a alma do romantismo do século XIX com sua ânsia de infinito, com sua revolta contra os limites e condicionamentos do homem. À semelhança de Platão, Nietzsche queria que o governo da humanidade fosse confiado aos filósofos, mas não a filósofos como Platão ou Kant, que ele considerava simples “operários da filosofia”.

Na obra nietzscheana, a proclamação de uma nova moral contrapõe-se radicalmente ao anúncio utópico de uma nova humanidade, livre pelo imperativo categórico, como esperançosamente acreditava Kant. Para Nietzsche a liberdade não é mais que a aceitação consciente de um destino necessitante. O homem libertado de qualquer vínculo, senhor de si mesmo e dos outros, o homem desprezador de qualquer verdade estabelecida ou por estabelecer e apto a se exprimir a vida, em todos os seus atos - era este não apenas o ideal apontado por Nietzsche para o futuro, mas a realidade que ele mesmo tentava personificar.

Aqui, necessário se faz perceber que, involuntariamente, Nietzsche cria e cai em seu próprio Imperativo Categórico, por certo, imperativo este baseado na completa liberdade do ser e ausência de normas.

Para Kant a razão que se movimenta no seu âmbito, nos seus limites, faz o homem compreender-se a si mesmo e o dispõe para a libertação. Mas, segundo Nietzsche, trata-se de uma libertação escravizada pela razão, que só faz apertar-lhe os grilhões, enclaustrando a vida humana digna e livre.

Em Nietzsche encontra-se uma filosofia antiteorética, sistemática, à procura de um novo filosofar de caráter libertário, superando as formas limitadoras da tradição que só galgou uma “liberdade humana” baseada no ressentimento e na culpa. Portanto toda a teleologia de Kant de nada serve a Nietzsche: a idéia do sujeito racional, condicionado e limitado é rejeitada violentamente em favor de uma visão filosófica muito mais complexa do homem e da moral.

Nietzsche acreditava que a base racional da moral era uma ilusão e por isso, descartou a noção de homem racional, impregnada pela utópica promessa - mais uma máscara que a razão não-autêntica impôs à vida humana. O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante.

Nietzsche era um crítico das "idéias modernas", da vida e da cultura moderna, do neo-nacionalismo alemão. Para ele os ideais modernos como democracia, socialismo, igualitarismo, emancipação feminina não eram senão expressões da decadência do “tipo homem”. Por estas razões, é por vezes apontado como um precursor da pós-modernidade.

A figura de Nietzsche foi particularmente promovida na Alemanha Nazi, tendo sua irmã, simpatizante do regime hitleriano, fomentado esta associação. Em A minha luta, Hitler descreve-se como a encarnação do super-homem (Übermensch). A propaganda nazi colocava os soldados alemães na posição desse super-homem e, segundo Peter Scholl-Latour, o livro "Assim Falou Zaratustra" era dado a ler aos soldados na frente de batalha, para motivar o exército. Isto também já acontecera na Primeira Guerra Mundial. Como dizia Heidegger, ele próprio nietzscheano e nazista, “na Alemanha se era contra ou a favor de Nietzsche”.

Todavia, Nietzsche era explicitamente contra o movimento anti-semita, posteriormente promovido por Adolph Hitler e seus partidários. A este respeito pode-se ler a posição do filósofo:

“Antes direi no ouvido dos psicólogos, supondo que desejem algum dia estudar de perto o ressentimento: hoje esta planta floresce do modo mais esplêndido entre os anarquistas e anti-semitas, aliás onde sempre floresceu, na sombra, como a violeta, embora com outro cheiro.” (in Genealogia da Moral)

“... tampouco me agradam esses novos especuladores em idealismo, os anti-semitas, que hoje reviram os olhos de modo cristão-ariano-homem-de-bem, e, através do abuso exasperante do mais barato meio de agitação, a afetação moral, buscam incitar o gado de chifres que há no povo...” (in Genealogia da Moral)

Sem dúvida, a obra de Nietzsche sobreviveu muito além da apropriação feita pelo regime nazista. Ainda hoje é um dos filósofos mais estudados e fecundos. Por vários momentos, inclusive, Nietzsche tentou juntar seus amigos e pensadores para que um fosse professor do outro, uma espécie de confraria. Contudo, esta idéia fracassou, e Nietzsche continuou sozinho seus estudos e desenvolvimento de idéias, ajudado apenas por poucos amigos que liam em voz alta seus textos que, nos momentos de crise profunda, ele não conseguia ler.

Suas idéias

Seu estilo é aforismático, escrito em trechos concisos, muitas vezes de uma só página, e dos quais são pinçadas máximas. Muitas de suas frases se tornaram famosas, sendo repetidas nos mais diversos contextos, gerando muitas distorções e confusões. Algumas delas:

1. "Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!".
2. "Há homens que já nascem póstumos."
3. "O Evangelho morreu na cruz."
4. "A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada."
5. "Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida mas no “além” - no nada -, tira-se da vida o seu centro de gravidade."
6. "Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária."
7. "O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo."
8. "A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade."
9. "As convicções são cárceres."
10. "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras."
11. "Até os mais corajosos raramente têm a coragem para aquilo que realmente sabem."
12. "Aquilo que não me destrói fortalece-me"
13. "Sem música, a vida seria um erro."
14. "A moralidade é o instinto do rebanho no indivíduo."
15. "O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno."
16. "Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder."
17. "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos."
18. "Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar."
19. "Se minhas loucuras tivessem explicaçoes, não seriam loucuras."
20. "O Homem evolui dos macacos? é existem macacos!

Longe de ser um escritor de simples aforismas, ele é considerado pelos seus seguidores um grande estilista da língua alemã, como o provaria Assim Falou Zaratustra, livro que ainda hoje é de dificílima compreensão estilística e conceitual. Muito pode ser compreendido na obra de Nietzsche como exercício de pesquisa filológica, no qual unem-se palavras que não poderiam estar próximas ("Nascer póstumo"; "Deus Morreu", "delicadamente mal-educado", etc...).

Adorava a França e a Itália, porque acreditava que eram terras de homens com espíritos-livres. Admirava Voltaire, e considerava como último grande alemão Goethe, humanista como Voltaire. Naqueles países passou boa parte de sua vida e ali produziu seus mais memoráveis livros. Detestava a arrogância e o anti-semitismo prussianos, chegando a romper com a irmã e com Richard Wagner, por ver neles a personificação do que combatia - o rigor germânico, o anti-semitismo, o imperativo categórico, o espírito aprisionado, antípoda de seu espírito-livre. Anteviu o seu país em caminhos perigosos, o que de fato se confirmou catorze anos após sua morte, com a primeira grande guerra e a gestação do Nazismo.

Obras de Friedrich Nietzsche, na ordem em que foram compostas:

* O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik, 1872); reeditado em 1886 com o título "O Nascimento da Tragédia, ou helenismo e pessimismo" (Die Geburt der Tragödie, Oder: Griechentum und Pessimismus) e com um prefácio autocrítico. — Contra a concepção dos séculos XVIII e XIX, que tomavam a cultura grega como epítome da simplicidade, da calma e da serena racionalidade, Nietzsche, então influenciado pelo romantismo, interpreta a cultura clássica grega como um embate de impulsos contrários: o dionisíaco, ligado à exarcebação dos sentidos, à embriaguez extática e mística e à supremacia amoral dos instintos, cuja figura é Dionísio, deus do vinho, da dança e da música, e o apolíneo, face ligada à perfeição, à medida das formas e das ações, à palavra e ao pensamento humanos (logos), representada pelo deus Apolo. Segundo Nietzsche, a vitalidade da cultura e do homem grego, atestadas pelo surgimento da tragédia, deveu-se ao desenvolvimento de ambas as forças, e o adoecimento da mesma sobreveio ao advento do homem racional, cuja marca é a figura de Sócrates, que pôs fim à afirmação do homem trágico e desencaminhou a cultura ocidental, que acabou vítima do cristianismo durante séculos.

* A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos (Philosophie im tragischen Zeitalter der Griechen - provavelmente os textos que o compõem remontam a 1873 - publicado postumamente). Trata-se de um livro deixado incompleto, mas que se sabe ter sido intenção de Nietzsche publicar. Trata-se, no fundo, de um escrito ainda filológico mas já de matriz filosófica disfarçada por uma pretensa intenção histórica. Considera os casos gregos de Tales, Anaximandro, Heráclito, Parménides e Anaxágoras sob uma perspectiva inovadora e interpretativa, relevadora da filosofia que é de Nietzsche.

* ensaio Sobre a verdade e a mentira em sentido extramoral (Über Wahrheit und Lüge im außermoralischen Sinn, 1873 - publicado postumamente). — No qual afirma que aquilo que consideramos verdade é mera “armadura de metáforas, metonímias e antropomorfismos”. Apesar de póstumo é considerado por estudiosos como elemento-chave de seu pensamento.

* Considerações Extemporâneas ou Considerações Intempestivas (Unzeitgemässe Betrachtungen, 1873 a 1876). — Série de quatro artigos (dos treze planejados) que criticam a cultura européia e alemã da época de um ponto de vista anti-moderno, e anti-histórico, de crítica à modernidade.
o David Strauss, o confessor e o escritor (David Strauss, der Bekenner und der Schriftsteller, 1873) no qual, ao atacar a idéia proposta por David Strauss de uma "nova fé" baseada no desvendamento científico do mundo, afirma que o princípio da vida é mais importante que o do conhecimento, que a busca de conhecimento (posteriormente discutida no conceito de vontade de verdade) deve servir aos interesses da vida;
o Dos usos e desvantagens da história para a vida (Vom Nutzen und Nachteil der Historie für das Leben, 1874);
o Schopenhauer como educador (Schopenhauer als Erzieher, 1874);
o Richard Wagner em Bayreuth (Richard Wagner in Bayreuth, 1876).

* Humano, Demasiado Humano, um livro para espíritos livres (Menschliches, Allzumenschliches, Ein Buch für freie Geister, verão final publicada em 1886); primeira parte originalmente publicada em 1878, complementada com Opiniões e Máximas (Vermischte Meinungen und Sprüche, 1879) e com O andarilho e sua sombra ou O viajante e sua sombra (Der Wanderer und sein Schatten, 1880). — Primeiro de estilo aforismático do autor.

* Aurora, reflexões sobre preconceitos morais (Morgenröte. Gedanken über die moralischen Vorurteile, 1881). — A compreensão hedonística das razões da ação humana e da moral são aqui substituídas, pela primeira vez, pela idéia de poder, sensação de poder, início das reflexões sobre a vontade de poder, que só seriam explicitadas em Assim Falou Zaratustra.

* A Gaia Ciência — ou Alegre Sabedoria, ou Ciência Gaiata — (Die fröhliche Wissenschaft, 1882). — No terceiro capítulo deste livro é lançada o famoso diagnóstico nietzschiano: “Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos”, proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios (§125). No penúltimo parágrafo surge a idéia de eterno retorno. E no último, aparece Zaratustra, o criador da moral corporificada do Bem e do Mal que, como personagem na obra posterior, finalmente superará sua própria criação e anunciará o advento de um novo homem, um além-do-homem.

* Assim Falou Zaratustra, um livro para todos e para ninguém (Also Sprach Zarathustra, Ein Buch für Alle und Keinen, 1883-85).

* Além do Bem e do Mal, prelúdio a uma filosofia do futuro (Jenseits von Gut und Böse. Vorspiel einer Philosophie der Zukunft, 1886). Neste livro denso são expostos os conceitos de vontade de poder, a natureza da realidade considerada de dentro dela mesma, sem apelar a ilusórias instâncias transcendentes, perspectivismo e outras noções importantes do pensador. Critica demolidoramente as filosofias metafísicas em todas as suas formas, e fala da criação de valores como prerrogativa nobre que deve ser posta em prática por uma nova espécie de filósofos.

* Genealogia da Moral, uma polêmica (Zur Genealogie der Moral, Eine Streitschrift, 1887). Complementar ao anterior — como que sua parte prática, aplicada — este livro desvenda o surgimento e o real significado de nossos corriqueiros juízos de valor.

* O Crepúsculo dos Ídolos, ou Como filosofar com o martelo (Götzen-Dämmerung, oder Wie man mit dem Hammer philosophiert, agosto-setembro 1888). Obra onde dilacera as crenças, os ídolos (ideais ou autores do cânone filosófico), e analisa toda a gênese da culpa no ser humano.

* O Caso Wagner, um problema para músicos (Der Fall Wagner, Ein Musikanten-Problem, maio-agosto 1888).

* O Anticristo(Der Antichrist. Fluch auf das Christentum, setembro 1888). — Contra o Cristianismo ou o Anti-cristão seriam traduções possíveis para esta obra. Apesar de apontar Cristo, mesmo em sua concepção “própria”, como sintoma de uma decadência análoga à que possibilitou o surgimento do Budismo, nesta obra Nietzsche dirige suas críticas mais agudas a Paulo de Tarso, o codificador do cristianismo e fundador da Igreja. Acusa-o de deturpar o ensinamento de seu mestre — pregador da salvação no agora deste mundo, realizada nele mesmo e não em promessas de um Além — forjando o mundo de Deus como a cima e além deste mundo. "O único cristão morreu na cruz", como diz no livro que seria o início de uma obra maior a que deu sucessivamente os títulos de Vontade de Poder e Transmutação de Todos os Valores: uma grande composição sinótica da qual restam apenas meras peças (O Anticristo, O Crepúsculo dos Ídolos e o Nietzsche contra Wagner) não menos brilhantes que a restante obra.

* Ecce Homo, como se tornar aquilo que é (Ecce Homo, Wie man wird, was man ist, outubro-novembro 1888). — Uma autobi(bli)ografia, onde Nietzsche, ciente de sua importância e acometido por delírios de grandeza, acha necessário, antes de expor ao mundo a sua obra definitiva (jamais concluída), dizer quem ele é, por que escreve o que escreve e por que “é um destino”. Comenta as suas obras então publicadas. Oferece uma consideração sobre o significado de Zaratustra. E por fim, dizendo saber o que o espera, anuncia o apocalipse: “Conheço minha sina. Um dia, meu nome será ligado à lembrança de algo tremendo — de uma crise como jamais houve sobre a Terra, da mais profunda colisão de consciências, de uma decisão conjurada contra tudo o que até então foi acreditado, santificado, requerido. (…) Tenho um medo pavoroso de que um dia me declarem santo: perceberão que publico este livro antes, ele deve evitar que se cometam abusos comigo. (…) Pois quando a verdade sair em luta contra a mentira de milênios, teremos comoções, um espasmo de terremoto, um deslocamento de montes e vales como jamais foi sonhado. A noção de política estará então completamente dissolvida em uma guerra de espíritos, todas as formações de poder da velha sociedade terão explodido pelos ares — todas se baseiam inteiramente na mentira: haverá guerras como ainda não houve sobre a Terra.”

* Nietzsche contra Wagner (Nietzsche contra Wagner, Aktenstücke eines Psychologen, dezembro 1888).


AÍ TEN DOIS LINKS PARA QUEM GOSTA OU ESTUDA NIETZSCHE

# Nietzsche ((en))
#
HyperNietzsche, que reúne fontes primárias (inclusive fac-símiles dos cadernos de notas de Nietzsche), estudos acadêmicos, e dados de organização e referência da obra nietzschiana.

Sei que alguns de vocês acharão este poster muito longo ,mas não tem como falar de "Nietzsche com 10 paragráfo


Postade ?by Young Vampire Luke

LESTAT NEWS

Thursday, October 11

É muito prazeroso saber que alguém leu seus escritos e gostou, quando por muitas das vezes eu mesmo achei idiota e infantil.Ontem fui indicado pela terceira vez a um desta indicação on-line...
Esta ultima vez foi o SELO VALE A PENA CONFERIR “
Academia Brasileira de Letras Virtual”(Uma equipe de professores da UERJ)
“Premio Blog do tomate”
indicado por(Cris penha)
“Vale a Pena Conferir”
indicado por (Jéssica Suzanni)
Não sei como agradecer o carinho de vocês...
Sou um cara isquisito, sou meio tímido.
Só da para dizer para vocês muito obrigado de coração...

ACHO CRUEL INDICAR APENAS 5 BLOG´S

AÍ ESTÁ OS MEUS INDICADOS
*
*
http://laboratoriodegeografia.blogspot.com/
Minha opinião - um blog inteligente e esclarecedor

**
http://blogcereja.blogspot.com/
Devaneios bobos de uma garota bem legal
"Senta que lá vem história e são ótimas".

**
http://www.panoramainternacional.com/visaopanoramica.php
Este é um blog que nos causa dependência de sua leitura.
Aconselho a ver todos os blog´s do autor

**
http://pensamentosequivocados.blogspot.com/
Este é extremamente viciante.Estou viciado.
Os contos são fantáskos.
Aproveitem e vizitem todos os blog´s do autor

**
http://psiscc.blogspot.com/
Eu diria que este é um blog de utilidade pública .
Muito bom, vale muito a pena conferir.

Estes são meus indicado

Tem mais blog´s maravilhosmas só pode indicar 5 infelismente.
Para mim o melhor premio é a vizita de vocês, comentando ou não...
Com o Web counter marcando uma média de 150 click´s por dia
Muito Obrigado amigos













Olá pessoal......
Estou de volta e continuo vivo, para desespero de uns e alegria de outros.
Meu amigo “Dragão Rosa” mostrou-se preocupado com meu estado físico...
Quero informa-lo que no momento do acidente estava sóbrio e careta.
Vou contar como foi, depois de ter pegado minha mulher e filha, levei-as para casa da minha sogra. Estava meio agitado depois de ter encontrado com o meu passado
Peguei a moto e sai para dar um role e pensar de como eu tinha sido ridículo e por tanto tempo.
E assim fiz, tava pensando que iria à Patrícia minha prima jogar conversa fora sei lá. Ou pegar o Rafael na USP p/ beber...
Só que quando eu pego a Ruggero Fasano um carro entra na minha frente do nada e me jogou no chão...
Não perdi a consciência na hora, nem senti dor, apenas dormência na perna e no braço.A senhora que causou o acidente socorreu-me.
Fui para o Hospital no que era o mais próximo mesmo. Fui prontamente atendido radiografado ultra-sonorisado e engessado.
Dormi naquela noite lá e pela manhã pedi para ir para casa.
Cheguei em casa medicado. E tomando analgésicos e antiinflamatórios. Que foram receitados pelo médico que me atendeu.
Fiquei deitado porque teria que retorna para universidade na segunda-feira. Próximas
E assim aconteceu, cheguei em Göttingen relativamente bem. Na manhã do domingo as dores começaram a ficar in suportáveis.Os analgésicos e antibióticos haviam terminado.
E Pela 13:00hs tarde fui ao hospital acompanhado da minha esposa e a mãe da minha filha para minha surpresa tinha uma lasca de osso solta dentro da minha
perna e minha fratura estava totalmente fora da posição correta
Resumindo tive que fazer cirurgia porque a tal lasca de osso já estava começando um processo infeccioso
O hospital que me socorreu, não é um Hospital público É um Hospital de referencia no Brazil
O nome do Médico amador será mantido em sigilo por determinação de meu advogado...
Trata-se do chefe do trauma-ortopedia.Do mesmo.
Aqui fui atendido por um Hospital público, que tem nome de rua ai no Brazil “Albert-Schweitzer-Krankenhaus.
O Dr: Carll fez um comentário interessante, mais ou menos assim.

“. Sei que lá existem ortopedistas de excelência, mas, o que fizeram a você é irresponsável e cruel, um profissional deste não pode ser chamado de médico, envergonha os profissionais, da medicina deste país”.

A saúde no Brasil é tratada como um jogo, não imporá se você é pobre ou não...
Você tem que ter é muita sorte para encontrar um bom Profissional que goste do que faz. E não te mate ou o deixe perneta.
Gostaria de saber o que leva um profissional que perde 10 anos de sua vida estudando medicina a agir desta forma tão irresponsável.

No meu caso tive acesso a um hospital e médicos de primeiro mundo e continuei com a minha perna,
O que era para ter uma recuperação total em no Máximo 40 dias, foi complicado e estendido para uma internação com cirurgia de 4 dias, mais imobilização total de 25 dias. Não sei quando vai acabar isso, segundo o meu medico, o Dr. Carll por ser jovem e saudável, em 3 meses estarei perfeito e sem seqüelas...
Isso segundo minha mulher é muito bom. Eu acho terrível, tem shows da banda tenho minha universidade para ir, negócios da empresa para resolver.E agora fazer sexo com limitações por causa da perna...
Tudo isso para fazer, e me dizerem, que eu dei sorte!
PQP......Não desejo esta sorte nem para meu pior inimigo...
Meu amigo Gabriel me recomendou ir a mamakumba na hora eu sorri, mas estou quase concordando com ele, isso só pode ser vudoo...Tinha a pretensão que depois de formado voltasse a residir no Brasil
Mesmo porque, a minha relação com o Brazil, não é apenas para ganhar dinheiro.
Até porque eu cresci e tenho meus melhores amigos, mas depois disso. Acho que não vai ser possível criar minha filha aí...
Apenas férias e nada além disto...
Pareço drástico não?
Estou sendo realista e tenho pena deste povo que esta entregue a própria sorte.

Sem escola, sem emprego, sem segurança, sem saúde sem governo e sem governantes
.
Um Grande abçs para o meu amigo “Dragão Rosa” continue com sua mente aberta e o corpo fechado


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