Monday, July 17

Enigmas da humanidade





Da série "grandes enigmas da humanidade"

Como os detentos conseguem carregar o celular dentro da cadeia?








Taí uma idéia de altíssima tecnologia para as autoridades resolverem de vez esse problema. Não precisa gastar um centavo com bloqueadores de celular sofisticados. Basta não emprestar as tomadas para a recarga da bateria deles. Né não?



TUDO DO VELA

* Presos plantavam maconha no Bangu I. Pé de maconha em presídio é nonsense puro! Pelo menos, como a maconha era para consumo próprio, eles estariam preconizando uma música do Planet Hemp, “Não compre, plante”, dando assim um belo exemplo não financiando o tráfico de drogas. Palmas para eles!

angu 1 x 0 Liberdade


O lugar mais seguro para um bandido carioca é a cadeia. Sem a incômoda vigilância da polícia – nem dirigível passa por lá – ou quadrilhas rivais para disputar pontos de venda de drogas, a vida nos presídios de segurança máxima de Bangu é tudo aquilo que Fernandinho Beira-Mar pediu a Deus.

Tem baile funk, churrasco, pizza delivery, mulher, droga – tudo, enfim, que se pode encomendar por celular, na cadeia tem. De vez em quando, para quebrar a rotina, apela-se para o disque-chacina. Trabalho limpo, sem sangue à vista ou cadáveres a ocultar.

O celular na cadeia tem o poder de fogo de um Ak-47 no morro. Mata-se com ele e, em caso de flagrante de apreensão, o prejuízo é muito menor. Como o risco de ser preso para quem já está é zero, qual a vantagem de estar solto, perseguido, pulando de esconderijo em esconderijo para escapar da mira da polícia ou da "mineira"?

Compare a qualidade de vida de Fernandinho Beira-Mar com a de Elias Maluco. Não tem comparação. O facínora que comandou o assassinato de Tim Lopes, último do bando ainda vivo e em liberdade, está sendo caçado como animal. Deve estar arquitetando um plano para chegar vivo a Bangu 1, nem que, para isso, precise subornar policiais. Não lhe resta outra alternativa.

A cadeia era ruim na época em que os grandes bandidos só tinham direito a televisão, frigobar e ventilador na cela. Com a chegada do celular, a coisa melhorou muito. Nem assédio sexual entre presos rola mais depois que ficou possível encomendar mulher de fora. Dia de baile todo mundo tira o atraso em noitadas funks bem mais tranqüilas que as do Morro da Babilônia, sem polícia ou bandido solto para atrapalhar.

Os presídios de segurança máxima estão se transformando nos lugares mais seguros do Rio de Janeiro, o que é uma afronta à sociedade que vive intranqüila do lado de fora das grandes muralhas. O mais justo seria uma inversão de papéis. Prender os homens de bem e manter a bandidagem em liberdade é, no entanto, uma solução que dá forma a um novo problema de exclusão: onde entram os policiais nessa história? – eis a questão. Pense nisso!


por Cáio Marcio , carioca do Leme e quase um Jornalista

Lestat news...........

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