Tuesday, April 17

A luta pela diversidade:homossexuais ou héteros, todos pela igualdade e respeito

Este vídio é apenas para ilustrar o texto, no qual achei muito apropriado.preconseito é lixo, não importa para qual lado ele atire


A batalha travada entre moralistas cristãos e defensores da democracia na elaboração da lei que criminaliza a homofobia e do reconhecimento da união homoafetiva.
O país se lançou em mais uma polêmica da modernidade - o homossexualismo.

Depois de meio milênio tentando esconder esta realidade por meio de falso moralismo e intolerância, a "criança" cresceu e já não dá pra deixar de dar-lhe a merecida atenção.
Hoje, em qualquer lugar do mundo, já é normal se ver casais de rapazes ou moças namorando pelos grandes centros.
A comunidade homo resolveu desnovelar-se de seus antigos guetos noturnos e conquistar o seu espaço na sociedade.
Para os sociólogos e especialistas em comportamento social, trata-se de uma revolução cultural, uma mudança de valores, sobretudo entre os jovens, que propiciou uma abertura maior no campo de relacionamento e de um melhor acolhimento das diversidades.
Para os conservadores, trata-se de uma mera permissividade, gerada pelo comportamento relapso de alguns pais, conduzidos pelo stress do cotidiano e a falta de tempo para "cuidar dos filhos". Bem, as causas podem ser varias, mais isto é o menos importante.
O fato é que já não dá mais para ficarmos fechando os olhos para esta realidade, eles estão aÍ e não pretendem continuar sendo esmagados por argumentos moralistas ou religiosos.
Depois do reconhecimento oficial da igualdade na constituição Federal de 1988, o poder legislativo começou a institucionalizar, por intermédio de leis, a batalha contra os preconceitos. Primeiro veio a proteção da mulher no próprio texto constitucional, depois a lei do racismo e das cotas para negros, deficientes e estudantes de escolas públicas.
Agora, as autoridades legislativas estão querendo reconhecer a união homo-afetiva, dando garantias e direitos decorrentes desta união, e ainda criminalizar atitudes de intolerância e preconceito- a homofobia.
Não se trata de nenhum absurdo legislativo, mas de uma atitude coerente e esperada pelo próprio espírito igualitário que guarnece o nosso país, um país democrático de direitos.
Afinal, o próprio conceito de democracia já resguarda o direito que está sendo questionado. Democracia é o governo estabelecido em nome do povo, conferindo-lhe direitos e obrigações iguais,pois todos são iguais perante a lei.
Logo, muito diferente do que muita gente pensa, democracia não é o respeito cego da vontade das maiorias, mas o respeito da vontade e dos direito de todos.

Maiorias e minorias.

Heteros e homos. Negros e brancos.
Não importa. Por isso, o simples fato de se negar o direito e as garantias oriundas da união estável aos homossexuais, já é uma inconstitucionalidade, pois todos são iguais perante a lei, logo todos possuem os mesmos direitos.
Alguns articulistas desavisados chegaram a tachar os movimentos gays de movimento ditador, dizendo que a lei que criminaliza a homofobia não passa de uma "mordaça" à liberdade de expressão e de pensamento.
Ora, logo se percebe que quem prolatou essas sandices não é nenhum técnico em Direito.
A liberdade de expressão é um princípio constitucional tão importante quanto a dignidade da pessoas humana e o poder de auto-determinar-se.
Ora, se existe um conflito entre os dois direitos, um deles irá se restringir, dando lugar à inteireza do principio que no momento se fizer mais importante.
Esta técnica de interpretação jurídica se chama proporcionalidade ou razoabilidade. É muito obvio que, em se tratando da dignidade de milhares de pessoas, da sua auto estima e até mesmo da integridade moral e física, a liberdade de expressão é que será o principio a ser limitado.
O mesmo ocorreu com a limitação desse mesmo principio em relação ao racismo.
Não se pode expressar publicamente palavras de desapreço e injuriosas sobre negros, é crime. Agora ninguém questiona isto, nem chama a lei contra racismo de mordaça.
Logo, do ponto se vista jurídico, a lei que criminaliza a homofobia é tecnicamente perfeita, não trazendo nenhum traço de autoritarismo, como dizem alguns desinformados.
Não vejo, motivo algum para tanta balburdia.
Quando ficou instituído o crime de racismo, ninguém achou um absurdo.
A situação é a mesma. O crime é de intolerância e de preconceito.Pessoas que agridem os homossexuais pelo simples fato de o serem, pessoas que os desrespeitam, injuriam,os demitem ou os privam de qualquer coisa pelo simples fato de serem homossexuais.
A lei é neste sentido. Não entendo porque evangélicos e católicos se insurgiram contra esta lei. Eles irão continuar pregando a palavra de Deus, dizendo que o comportamento é contra a lei de Deus. Só não poderão, ofende-los e fazerem incitações à intolerância.
Mas se eles já estão com medo, deve ser porque já estão promovendo este tipo de situação.
E ainda se julgam melhores que os outros...
Sob outra ótica, os moralistas também estão tentando dificultar esta conquista em nome da "moral e dos bons costumes" e em nome da instituição da família. Ora, o que é que eles estão chamando de moral?
O homossexualismo é uma realidade tão antiga quanto a própria humanidade.
Será que moral é continuar escondendo a existência dessas pessoas, fadando-as a uma vida de solidão e frustração?!!! Ou pior, obrigando-as a se refugiarem em conventos mesmo sem terem vocação para isto, tendo o único objetivo de fugir da maledicência e do preconceito. Ou ainda se casarem indo contra a sua natureza, constituindo uma família insólida e infeliz.

Uma recente pesquisa de uma ONG constituída pelo movimento gay de Madrid informou que 32% dos homens casados entrevistados tem fantasias sexuais com outros homens e desses 32% a metade ( 50%) já tiveram uma relação extraconjugal com outros homens.
A mesma pesquisa está sendo feita no Brasil e os índices encontrados são aproximadamente os mesmos. Então, senhores moralistas, qual é a moral e os bons costumes que vocês defendem? A moral da hipocrisia? O falso moralismo?
A lei do faça o que eu digo mas não faça o que eu faço? Acredito que nossa legislação está no caminho certo. Os jovens de hoje, tachados pelos hipócritas conservadores de transviados, apenas estão sendo verdadeiros e vivendo com dignidade a sua própria natureza.
Os jovens estão aceitando as diferenças que há muito tempo foram escondidas pelos conservadores às custas de muita dor e sofrimento.
Jovens são a favor da paz, do amor, do respeito e da verdade.
Por isso não aceitam mais as correntes do falso moralismo, dos dogmas irresponsáveis da igreja, que dominam e castram seus adeptos.
Acho até importante mencionar que boa parte de nossa população jovem está migrando para as religiões orientais, sobretudo budismo e seicho no ye.
É bastante lógico que, uma população jovem, precoce e bem informada, não se deixará mais ser dominada por dogmas manipuladores. A grande diferença vista entre o cristianismo e as religiões orientais é que aquela acumula ordens, manipula e aprisiona seus adeptos; já a segunda é uma filosofia de vida que prega o respeito, a felicidade e a responsabilidade.
São religiões que libertam, por isso mais procuradas entre os jovens do século XXI, que não aceitam mais a hipocrisia nem as correntes do falso moralismo.
Quanto o respeito à instituição da família, penso que realmente é uma questão a ser trabalhada, mas não pela luta contra a união homoafetiva.
O que está desmoronando a instituição da família é o desemprego, a falta de amor entre os casais, a dificuldade de entendimento entre pais e filhos, o choque cultural entre esses, o alcoolismo e o falso moralismo.

Essas são as pragas sociais a serem combatidas.

É isto que destrói a família.
O reconhecimento da união homoafetiva só vem a contribuir com o sistema.
Trata-se de mais uma moldagem para essa célula mínima que integra a sociedade.
Penso que devemos mais uma vez nos despirmos dos preconceitos e enxergarmos com olhos mais inteligentes os significados das palavras.
Família é o menor núcleo social formado pela união de pessoas por laços biológicos, jurícos ou afetivos.
Família é muito mais do que a reunião de uma mãe, um pai e um filho. É uma união afetiva, e é justamente esta característica - afetividade- que deve ser protegida.
É a afetividade entre as pessoas da família que contribuirá para a formação intelecto -moral de um filho e que disciplinará, de forma natural, as obrigações mais elementares entre os seus integrantes. Não tenho dúvida que vale muito mais a pena termos pessoas felizes, respeitadoras, dignas e de caráter, vinda de família homo, a termos pessoas desequilibradas e sem caráter provenientes de uma família hétero totalmente desestruturada.
Sem ter a pretensão de extinguir o debate sobre o assunto, acredito que qualquer letrado em psicologia, Direito, política e sociologia assinarão essas palavras, mas argumentos meramente religiosos do tipo: "... mas ta escrito na bíblia..." são insuficientes e descabidos em uma questão que envolve a vida e a dignidade de pessoas.

Assunto desse porte deve ser debatido com argumentos científicos, com pesquisa e estatística e não com misticismo e religiosidade até porque a complexidade do assunto não comporta a simplicidade das soluções ofertadas por católicos. evangélicose religiosos afins.

Autor do texto: Raphael Ramires

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Resolvi postar este texto, assim que recebi a noticia da morte de um amigo.
Ele era um jovem brilhante, sempre esteve entre os melhores alunos do S. Bento.
Foi morto skins ou white power, não sei...
Isso aconteceu no Brazil, não foi aqui na Alemanha.
Querem saber, qual crime ele cometeu ?
Era homossexual...

Não estou levantado bandeira pro homo ou hétero.

Quero exemplificar aqui, o quanto chega a estupides dos preconceituosos

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by: Young Vampire Luke


LESTAT NEWS

2 comments:

Unknown said...

Putz...meu!
O seu blog tá estranho!!!!
Muito dificil de ler!
Mas o conteudo é bom!
Só muda o templte aí!
vlw!

www.h4ck3rik.blogspot.com

Késia Maximiano said...

informações completamente válidas!!!
Adorei o blog...

e viva as diferenças!

bjossss